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Dia do Hospital é lembrado em 2 de julho

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Quem passa pelo bairro Mercês, em Curitiba (PR), nem imagina que por trás de um dos maiores centros de saúde do Paraná há uma rica história de dedicação, estudo e muita força de vontade de Irmãs da Companhia das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo – uma sociedade de vida apostólica original da França que atua no mundo inteiro.

A construção de um hospital em Curitiba foi idealizado pela Irmã Estanislava Perz, uma pessoa com grande bondade, retidão e visão de futuro. Nos anos 40, as Irmãs realizavam visitas a domicílios das famílias carentes de Curitiba, e sentiam falta de um mais hospital na cidade – na época existia apenas um público e se encontrava sempre lotado.

Esses e outros fatores contribuíram para que levassem à frente a ideia de ter um hospital próprio. Assim após alguns anos, em 1953, nascia o Hospital Nossa Senhora das Graças, com nome escolhido em homenagem a Nossa Senhora das Graças, considerada pelas Irmãs a sua guardiã.

A inauguração reuniu inúmeras pessoas, e contou com a visita especial do Padre William Slatery, supervisor geral da Congregação de Missão e das Filhas da Caridade, que veio de Roma para a celebração.

A cada década novos marcos transformaram a história do Graças, ampliando-o e tornando-o um hospital de grande porte preparado para atender altas complexidades.

Inicialmente pequeno e modesto, o Graças possuía apenas 100 leitos e 18 médicos, e se resumia ao pequeno prédio na rua Prof. Rosa Saporski, onde funciona hoje o pronto-atendimento.

No final da década de 50, foram inaugurados os primeiros serviços – laboratório de análises clínicas, anatomia patológica, banco de sangue, ambulatório, endoscopia e o centro cirúrgico foi reformado.

Na década de 70, um importante projeto de ampliação quadruplicou o número de leitos no HNSG, sendo um grande marco na história da instituição. Neste momento, a entrada principal foi transferida para Rua Alcides Munhoz, onde localiza-se até os dias de hoje.

Na década de 80 inaugurou-se a primeira Unidade de Terapia Intensiva, ainda algo novo no país, contando com 11 leitos, sendo 9 coletivos e 2 individuais. E na década de 90, foram inauguradas as UTIs neonatal e cardíaca. Neste período iniciou-se a informatização da instituição.

Nos anos 2000, o Graças inaugurou um novo prédio para o setor de recursos humanos e laboratório de análises clínicas; implantou um centro médico diferenciado, setor de quimioterapia; reformou os quartos, dando mais modernidade na hotelaria; lançou centros especializados para tratamentos de saúde, como urologia, cirurgia do aparelho digestivo, cardiovascular e imagens.

Hoje, o Graças ocupa uma quadra inteira do bairro Mercês. Com mais de 38 mil m² de área construída é hospital referência no Brasil e no mundo pela qualidade em tratamentos clínicos e cirúrgicos de alta complexidade, como Transplante de Medula Óssea e Hepático e recentemente inaugurou uma das mais modernas unidades de terapia intensiva da cidade.

Possui 220 leitos e mais de 2500 profissionais, entre médicos, colaboradores, Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo e parceiros, trabalhando juntos para oferecer um atendimento hospitalar que tem como prioridade a valorização e o respeito pela vida humana.

Possui tradição em residência médica e é referência em ensino e pesquisa. Desde a implantação do Programa de Residência Médica em 1977, aproximadamente 400 médicos formaram-se na Instituição.

Os pacientes encontram no Graças tudo que há de melhor para assisti-lo durante o tratamento de sua saúde. Sendo acolhido desde uma consulta simples no centro médico e pronto-atendimento, a realização de exames complexos, procedimentos cirúrgicos de alta complexidade e cuidados intensivos em unidades avançadas de tratamento.

Já os médicos podem contar com toda a retaguarda de um centro hospitalar complexo, que prioriza o atendimento humanizado, segurança do paciente, a excelência nos processos e procedimentos e a evolução tecnológica. Como Sócio Fundador da Anahp – Associação Nacional de Hospitais Privados, o Graças busca estar dentro dos padrões de excelência dos melhores hospitais brasileiros.

Nos últimos anos, o Graças dedicou sua experiência de mais de meia década na gestão de serviços de saúde para administrar outros Hospitais que atendem em sua maioria usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). E foi escolhido pelas Filhas da Caridade para congregar todos os hospitais da Companhia no Sul do Brasil, formando assim um dos maiores Grupos de Saúde do sul do país.

Hoje contempla cinco Unidades Hospitalares mantidas, e juntos mais de 60% de seus atendimentos são para usuários do sistema Único de Saúde. Todos com a mesma visão: Ser referência pela qualidade no atendimento humanizado, técnico-científico e desenvolvimento social.

Fatos curiosos do Graças e da medicina

Teste de Gravidez por Galli Mainini

Na década de 60, descobrir se uma mulher estava grávida não era tão simples como nos dias de hoje. Na época utilizava-se a técnica Reação de Galli Mainini, com ajuda de sapos.

A urina da mulher supostamente grávida era colhida e injetada em sapos machos do gênero Bufo. Após algumas horas a urina do sapo era colhida da cloaca do animal e analisada em microscópio para observação de possíveis espermatozoides. O hormônio Gonadotrofina Coriônica presente na urina de mulheres grávidas estimula a produção de espermatozoides no sapo e caso a observação da urina do sapo em microscópio apresentasse espermatozoides o resultado era considerado positivo.

As próprias Irmãs, colaboradores e médicos partiam em busca dos animais nos terrenos alagados próximos ao hospital. Ainda, alguns amigos doavam animais trazidos de suas chácaras.

“Taxista: chama o Doutor!”

Quando ainda não era tão comum possuir aparelhos telefônicos nas residências, os médicos plantonistas do Graças eram avisados por taxistas para virem até o hospital prestar algum atendimento. Se o médico não estivesse em casa, ele deixava um bilhete com o endereço para o taxista lhe encontrar.

Capilé

Nos anos 60 o capilé era a bebida preferida dos cirurgiões para aguentar as longas cirurgias. A bebida de groselha era preparada com água ou leite pelas Irmãs do Hospital. Os médicos bebiam antes da cirurgia ou durante (neste caso com um canudinho servido por alguém) para dar energia e para evitar que tivessem uma crise de hipoglicemia durante as horas em que realizava a cirurgia.

Primeiro Elevador

Nos primeiros 20 anos do HNSG, todo deslocamento para levar e trazer pacientes era feito por escadas. O primeiro elevador foi um presente de Arlindo Araújo Sobrinho, que na época era proprietário das Indústrias Antisardina e percebendo esta necessidade, gentilmente ofertou para a instituição. Este gesto nunca foi esquecido pelas Irmãs.

Chapéu Corneta

Na época em que o HNSG foi fundado, as Imãs utilizavam o chapéu corneta na cor branca. Para fazê-lo era preciso engomar um pano retangular sobre uma superfície plana e somente depois de seco, era dobrado para adquirir o seu formato tradicional. Sob a corneta, as Irmãs usavam uma espécie de lenço também em tecido branco, que cobria integralmente os cabelos, as orelhas e o pescoço e se prolongava sobre o peito, na forma de duas palas também engomadas.


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