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Santa Casa de Franca dribla cortes no orçamento com metodologia lean (PARTE 3)

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Leia a primeira parte desta matéria em: www.revistahospitaisbrasil.com.br/noticias/santa-casa-de-franca-dribla-cortes-no-orcamento-com-metodologia-lean-parte-1

Leia a segunda parte desta matéria em: www.revistahospitaisbrasil.com.br/noticias/santa-casa-de-franca-dribla-cortes-no-orcamento-com-metodologia-lean-parte-2

Por Carol Gonçalves

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Farmácia antes e depois de evento kaizen

Farmácia antes e depois de evento kaizen

O fluxo de suprimentos de materiais e medicamentos foi totalmente otimizado com a implementação de ferramentas e técnicas que garantiram uma compra mais precisa, ágil e econômica. Processos desnecessários de cotação e de aprovação de compras acabaram sendo eliminados do fluxo. Já os estoques foram redimensionados de acordo com a demanda real de cada item. O hospital redefiniu a política de compra para funcionar como um sistema puxado (Kanban), no qual a obtenção de um item só é disparada quando o ponto de reposição do estoque é atingido, otimizando o fluxo de informação e reduzindo a chance de aquisições desnecessárias de itens de alto valor.

Além disso, o trabalho de fidelização dos principais fornecedores do hospital possibilitou compras mais frequentes, em lotes menores, preços congelados em contratos e boa relação com o fornecedor. Este projeto teve como principal resultado a redução dos estoques totais de R$ 1.755.000,00, em março de 2015, para R$ 880.000,00 em novembro do mesmo ano. “Consequentemente, conseguimos uma significativa diminuição no espaço necessário para armazenamento de materiais, melhoramos nossa acuracidade e o nível de atendimento”, revela Silva.

A meta para 2016 é iniciar e terminar 20 kaizens em todo o complexo hospitalar, sendo que 11 dos 20 previstos serão liderados pela própria equipe do hospital.

CONSCIENTIZAÇÃO

O administrador conta que no início foi difícil o processo de conscientização dos colaboradores, por envolver mudanças de cultura, de processos e no ritmo de trabalho. “Algumas pessoas não conseguiam acompanhar e acreditavam não ser possível o uso da metodologia lean no ambiente hospitalar, mas aos poucos foram entendendo e assimilando como uma filosofia criada e mais utilizada no ambiente industrial poderia ser aplicada em hospitais. Hoje, todos estão muito bem engajados, algumas áreas têm tomado iniciativas e tornando um hábito sua adoção, realizando MFV – Mapa do Fluxo de Valor e kaizens na busca pela melhoria dos processos, dos resultados e maior envolvimento e comprometimento de todos os colaboradores”, complementa.

A Santa Casa venceu esse desafio através de reuniões, treinamentos, estudos de case, forte método de mudança de cultura por parte da Lure Consultoria, total apoio da alta direção e, principalmente, através dos resultados obtidos com os primeiros trabalhos. “Hoje, quando nos deparamos com um problema um pouco mais complexo, já elaboramos um mapa de fluxo de valor da situação e buscamos envolver o máximo de pessoas na busca pela solução”, conta Silva.

DICAS

Para os hospitais que desejam reduzir custos e se tornar mais sustentáveis e competitivos, as dicas do administrador da SCF são: “Quebrem paradigmas, mudem o foco, a visão, sejam audaciosos, mas audácia calculada, planejada e bem elaborada, vamos pensar diferente, pensar grande, pensar igual aos países referências e às maiores economias do mundo. Não conseguiremos grandes mudanças e resultados com os mesmos hábitos, filosofia, paradigma e conceitos de 30, 40 ou 50 anos atrás, temos de mudar, buscar alternativas e adotar filosofias e metodologias de gestão de segmentos que deram certo e hoje são sinônimo de sucesso para o mundo todo”.

Silva acrescenta que para que a mudança seja mais simples e aconteça de forma rápida e estruturada, com resultados consistentes, é importante contratar uma consultoria que ajude a alcançar o objetivo traçado.


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