Um método seguro e eficaz, conhecido como ablação por radiofrequência é um procedimento com baixo risco de complicações que veio para inovar o tratamento do osteoma osteoide, tumor ósseo benigno que acomete principalmente adolescentes e adultos jovens, sobretudo do sexo masculino.
Apesar de mais vantajoso ao paciente, o procedimento ainda não é tão difundido, mesmo na rede particular, já que é difícil a autorização pelo plano de saúde devido ao alto custo da agulha.
Segundo o onco-ortopedista Dr. Marcelo Bragança dos Reis, este tipo de tumor ainda é tratado mais frequentemente com cirurgia, o que oferece desvantagens ao paciente. “Esta lesão geralmente acomete os membros inferiores, causa dor crônica que acaba afetando a qualidade de vida do portador. O procedimento cirúrgico convencional traz algumas desvantagens, como a demora para retomar às atividades normais e a fragilização do osso, deixando-o mais vulnerável a fraturas”, explica.
Procedimento
Primeiramente, guiada por tomografia computadorizada, é introduzida uma agulha que permite perfurar o osso até a lesão. Depois, outra agulha com a ponta ativa é inserida neste trajeto até a lesão. Um circuito elétrico aquece gradativamente o equipamento até que ele chegue a temperatura de 90°C por um tempo de seis minutos, a lesão térmica do tumor torna-se irreversível, levando a uma completa necrose tumoral.
Vantagens
O especialista destaca quais são as principais vantagens deste método em relação às terapias convencionais de tratamento tumoral. A baixa taxa de complicações e morbidade, a preservação da função do órgão tratado de forma quase completa e o alívio imediato da dor. Pacientes com restrições a cirurgias invasivas ou que se recusam a receber o tratamento cirúrgico convencional podem se beneficiar deste método, que possibilita rápida recuperação e retorno às atividades diárias. O procedimento pode ser repetido, mas raramente é necessário”, conclui Dr. Marcelo.
O osteoma osteoide é um tumor primário, responsável por 11% de todos os tumores ósseos, apesar de ter um pico de incidência entre os 11 e os 20 anos de idade, 90% dos casos ocorrerem entre os 5 e os 30 anos, mas pode afetar indivíduos de todas as idades.