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Valorizar os enfermeiros é investir na qualidade da assistência (PARTE 2)

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Leia a primeira parte desta matéria em: www.revistahospitaisbrasil.com.br/noticias/valorizar-os-enfermeiros-e-investir-na-qualidade-da-assistencia-parte-1

Por Carol Gonçalves

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VALORIZAÇÃO

Interrogado a respeito de a enfermagem ser ou não uma profissão valorizada, o conselheiro diz que depende do prisma que se observa. Sua importância na estrutura das instituições, na construção, organização e condução das políticas públicas de saúde não é questionada, mas quando se olha para as condições de trabalho, o salário e a jornada de trabalho injusta, é preciso avançar mais.

“O discurso teórico contradiz a prática. Os profissionais de enfermagem são mal remunerados, pouco valorizados pelos gestores públicos e privados e são obrigados a jornadas extenuantes para complementar os baixos salários. Tais condições levam a um processo de adoecimento físico e emocional, o que entendemos ser preocupante para tão nobre atividade”, ressalta.

Com relação à diferença entre a realidade da profissão nos setores público e privado, Silva conta que cada um tem as suas particularidades, porém, tanto em um quanto no outro, a enfermagem desenvolve papel fundamental no estabelecimento e condução das atividades hospitalares. “E, infelizmente, nos dois cenários, apesar dessa importância reconhecida, ainda há carência de ações sustentáveis que reconheçam e valorizem a profissão. Observamos, na pesquisa Perfil da Enfermagem no Brasil, que os piores salários estão no setor filantrópico, seguido do privado e do público”, acrescenta.

O conselheiro ressalta que os diversos programas, tanto na atenção básica como no segmento urgência/emergência e hospitalar, em sua maioria, giram em torno do enfermeiro. No cotidiano do funcionamento das unidades de saúde, em todos os níveis da assistência, eles acabam absorvendo a responsabilidade pela organização e o bom funcionamento do serviço, sendo também o elo entre as diversas especialidades.

NA PRÁTICA

Entre as instituições que dedicam atenção especial aos profissionais de enfermagem está a Rede Mater Dei de Saúde, formada pelos hospitais Contorno e Santo Agostinho, ambos em Belo Horizonte (MG). Entre técnicos de enfermagem e enfermeiros, são 948 profissionais e 110 bolsistas atuando na rede.

Júnia Braga Fontes, gerente de enfermagem da unidade Santo Agostinho, diz que o Mater Dei disponibiliza ambiente de descanso com ar-condicionado, sofá-cama, mesa para reuniões, geladeira, bancada com filtro de água e banheiro com chuveiro.

“Promovemos capacitações técnicas e comportamentais, inserindo os enfermeiros nos programas de valorização e reconhecimento”, acrescenta Margareth Sacchetto, superintendente de gestão de pessoas da rede. Os profissionais têm espaço para expor suas ideias nas reuniões de equipe semanais e nas referentes a repasse entre os gestores da área e a diretoria da rede. Também participam do processo de avaliação de competências, realizado com o gestor imediato, e da reunião mensal com colaboradores e diretoria.

(Continua…)


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