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Assistência humanizada estimula desenvolvimento de prematuros

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Foto: Yasmine de Paiva

Foto: Yasmine de Paiva

Receber a notícia de que o filho precisa nascer antes do previsto é como entrar em uma montanha-russa de emoções. Assistir de perto à fragilidade de uma criança que foi tão esperada e acompanhar no dia a dia a luta de um ser tão pequeno para sobreviver e se desenvolver são algumas das felicidades e angústias das famílias que enfrentam essa situação. Com o objetivo de conscientizar colaboradores, pacientes e sociedade em geral sobre as formas de evitar partos prematuros e os cuidados a serem tomados no caso de bebês que nascem de forma precoce, o Hospital Materno Infantil (HMI), de Goiânia (GO), realiza entre os dias 14 (segunda-feira) e 18 de novembro (sexta-feira) a Semana da Prematuridade.

Segundo a diretora técnica do HMI, Sara Gardênia, a estatística mundial é de que a cada dez crianças que nascem no mundo, uma é prematura, o que significa 10% – segundo dados do Sistema de Informações Sobre Nascidos Vivos (Sinasc), do Ministério da Saúde. Porém, no HMI, o índice é ainda maior, isso porque o hospital é referência em média e alta complexidade para a mãe e para o bebê.  Um parto pode ser antecipado por diferentes motivos, dentre eles, destaca-se a criança que tem problemas de malformações. Doenças da gestante como hipertensão, diabetes, infecções ou alterações na placenta também podem levar a um trabalho de parto prematuro.

Depois do nascimento, o que mais agrava a situação dos bebês nascidos precocemente é a imaturidade de alguns órgãos, como pulmão, rins, sistema de defesa do corpo, intestino e coração. Há bebês que nascem pouco prematuros (a partir de 34 semanas) com maior chances de sobreviver e ter menos complicações. Em casos assim, quando atingem 2 kg, em média, vão para casa. No entanto, existem situações mais extremas (com menos de 33 semanas), cujo recém-nascido pode necessitar de um tempo maior de internação e reabilitação. Em casos assim, a ansiedade da família toma o lugar da expectativa. Por essa razão, o estado emocional dos envolvidos, principalmente das mães, que passam por mudanças psicológicas e físicas durante toda a gravidez, é outra preocupação da equipe do HMI.

Humanização - A coordenadora da psicologia da unidade, Suely Faria, explica que os seres humanos lidam mal com a antecipação de projetos. “A expectativa de gerar um bebê saudável interrompida pela notícia do parto prematuro faz com que a mulher coloque em questão as qualidades dela enquanto mãe. Normalmente, percebe-se maior fragilidade nos pais do que nos próprios bebês, pois eles idealizam apresentar ao mundo o recém-nascido logo no primeiro dia de vida, e nessas situações o sonho é frustrado. Esses pais lidam com sentimentos de impotência, angústia e temor cotidianamente”, detalha a psicóloga.

Em consequência da fragilidade que tantas famílias vivenciam nesse período, a campanha mundial do Dia da Prematuridade também chama atenção para a humanização do atendimento oferecido às crianças que nascem antes do tempo e destaca técnicas eficientes que coloca o bebê contra o peito dos pais, estabelecendo o contato pele com pele. Um exemplo é o Método Canguru, que consiste em estímulo e empoderamento da família na participação dos cuidados do prematuro ou baixo peso (menos de 2 kg), que necessitam de longa permanência no hospital. Por meio do HMI, Goiás é referência na aplicação do método Canguru.

A assistência neonatal humanizada estimula o desenvolvimento físico e emocional do bebê, reduz o estresse, a dor e o choro do recém-nascido; estabiliza o batimento cardíaco, a oxigenação e temperatura do corpo da criança.  Ao ouvir o som da voz e do coração da mãe, o bebê fica mais calmo e sereno; aumenta o vínculo mãe-filho; favorece o aleitamento materno; contribui para a redução do risco de infecção hospitalar e proporciona maior confiança dos pais nos cuidados com o bebê.

Programação - Segundo a diretora técnica do HMI, a prematuridade é um tema que deve ser amplamente discutido. “O intuito do evento é evidenciar a importância de um acompanhamento pré-natal adequado e uma assistência médica efetiva aos bebês prematuros”, destaca a médica. Outro foco é aumentar a visibilidade sobre o assunto ao desmistificar a ideia de que todos prematuros têm complicações durante o desenvolvimento e crescimento. “A linha de cuidados progressivos neonatais no HMI oferece todo o suporte necessário, além de garantir atenção integral e humanizada ao bebê prematuro, buscando igualar o desenvolvimento com o das outras crianças”, relata.

No dia D da Semana da Prematuridade, 17 de novembro (quinta-feira), o grupo Guerreiros e Guardiões do HMI, formado por mais de 200 pessoas – colaboradores, funcionários, mães e crianças -, todos com camisetas personalizadas da Semana da Prematuridade,fará uma caminhada de conscientização até o Lago das Rosas, no setor Oeste. A Fanfarra Banda Triunfo, da Polícia Militar Mirim, vai animar o trajeto com música. O encontro será marcado pela soltura de balões roxos de gás hélio, que representa a cor da prematuridade, formando uma nuvem de balões pelo céu.

CONFIRA ABAIXO A PROGRAMAÇÃO COMPLETA:

14/11 – Segunda-feira

8h30 – Abertura

9h30 – Palestra Motivacional pela Psicóloga Dra. Karla Ceravolo

14h – Palestra com a Dra. Luciene Godoy da ONG Bebê Canguru e sorteio de brindes para as mães

15/11 – Terça-feira

9h – Dinâmica com pais e mães de prematuros

10h30 – Banho de Ofurô

16/11 – Quarta-feira

8h às 17h – Sensibilização do Método Canguru

17/11 – Quinta-feira – Dia D

10h – Caminhada dos Guerreiros e Guardiões do HMI até o Lago das Rosas com a participação da Fanfarra Banda Triunfo da Polícia Militar Mirim e Missão Sorriso

14h – Prática de Shantala para Ex-prematuros com Mônica Freire

18/11 – Sexta-feira

8h30 – Entrega de Placa de Menção Honrosa a Neonatologista do HMI

9h – Apresentação do solista violinista Mirim Gabriel e Grupo Suzuki

9h45 – Encerramento


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