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Brasil comemora 15 anos na maior feira de saúde do mundo

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Foi no ano de 2002 que empresas brasileiras pisaram pela primeira vez no pavilhão da Feira MEDICA. Ainda que naquele ano não existisse a marca Brazilian Health Devices como hoje é conhecida, nascia ali a brilhante trajetória do projeto entre a ABIMO e a Apex-Brasil, que tem como missão fomentar as exportações das indústrias brasileiras de artigos e equipamentos da área da saúde.

Nessa época, o Brasil praticamente não exportava equipamentos médicos e importava quase tudo que consumia em termos de equipamentos de ponta e produtos com alto grau de sofisticação. “A indústria de uma maneira geral ainda não estava tão preparada para a exportação, e apenas dava pequenos passos em direção ao mercado internacional, através de algumas empresas pioneiras”, relembra Clara Porto, gerente do projeto.

“Há 15 anos levávamos pela primeira vez os associados para essa feira, o que com certeza foi um marco na trajetória de todas as empresas que foram conosco”, conta o presidente da ABIMO na época, Djalma Rodrigues, também à frente da Fanem, multinacional exportadora de equipamentos neonatais. “Nossa primeira participação foi cheia de emoções, pois estávamos aterrissando no espantoso mundo da alta tecnologia”, relembra.

Segundo Rodrigues, estar na Alemanha foi um choque para todos, até mesmo para os visitantes, que desconheciam a capacidade do Brasil de produzir equipamentos médicos e inclusive, curiosamente, confundiam os produtos com aqueles de outros países, como México e Turquia. “Foi através dessa presença no pavilhão que o Brasil pôde mostrar ao mundo que era, sim, uma opção de qualidade na área de equipamentos médicos. E tenho certeza que a vida de muitas dessas empresas mudou a partir dali”, diz o ex-presidente da ABIMO.

Outra pessoa que pode contar com propriedade o que ocorreu há 15 anos é Waleska Santos, fundadora da Feira HOSPITALAR, maior evento de saúde da América Latina e terceiro do mundo: “Antes mesmo da primeira edição da HOSPITALAR, em 1994, já iniciamos nossa participação naquela que viria a ser a maior e mais importante feira do setor médico-hospitalar do mundo”, conta a empresária.

De 2002 para cá, ano após ano, o pavilhão brasileiro coleciona novidades e bons resultados para o país. De oito empresas participantes no primeiro ano, que contabilizaram US$ 100 mil dólares em negócios, em 2015 as 50 empresas participantes do Brazilian Health Devices ultrapassaram US$ 18 milhões em negócios durante a feira e nos 12 meses seguintes. Já na terceira participação o número de empresas expositoras era muito expressivo: 40 empresas. Em sua quinta participação, o pavilhão do Brasil viria a ocupar o lugar no qual permanece até hoje.

O primeiro recorde de fechamento de negócios foi atingido em 2009, pelas já 50 empresas participantes, com mais de 3.500 contatos realizados, e US$ 19 milhões de expectativa de negócios. Ao completar 10 anos de participação na Medica, em 2011, o Brazilian Health Devices era lançado internacionalmente como a nova marca da indústria brasileira de produtos para saúde e comemorava um aumento de 232% nas exportações brasileiras, desde 2002. A primeira década foi marcada pelo lançamento da marca, hoje já consagrada, em um evento para autoridades brasileiras e estrangeiras, imprensa e clientes internacionais.

Malu Sevieri, diretora da empresa brasileira que representa a Messe Düsseldorf, empresa promotora da MEDICA, conta que muita coisa mudou nos últimos 15 anos: “Primeiro o que é notável fisicamente é a mudança em qualidade e quantidade dos expositores. A cada feira que passa o pavilhão Brasileiro conta com mais empresas aderindo ao projeto e particularmente eu acho que nos últimos dois, três anos a montagem ficou muito mais bonita”, diz. Ela conta também que percebe uma participação mais madura dos expositores: “Eles vão muito bem preparados para se apresentarem na feira, o que, com certeza ajuda a ter um resultado positivo. Nós brasileiros, culturalmente, temos a tendência a achar que a tecnologia estrangeira é melhor, e na Feira Medica fica nítido que fabricamos produtos de alta qualidade e somos muito competitivos”, diz.

A importância e representatividade dos produtos brasileiros ficavam cada vez mais evidentes. Tanto que em 2013, garantiram grande visibilidade na MEDICA com a maior participação do país desde que iniciou sua exposição internacional na feira. Além do pavilhão principal, pela primeira vez o Brasil foi representado por quatro empresas na área da feira exclusivamente dedicada a Laboratórios e Diagnóstico, no hall 3. O objetivo, além de fortalecer a imagem do Brasil como um fornecedor de produtos para laboratório, foi estabelecer negócios mais efetivos para as empresas deste setor afinal, é neste pavilhão onde se encontram os principais players mundiais da cadeia de diagnóstico. Em 2014, o Brasil passou a ser representado também no hall dedicado a fisioterapia e ortopedia, o hall 4.

“Essa segmentação permitiu que nossas empresas estivessem lado a lado com seus principais concorrentes e com oportunidades iguais de encontrar compradores interessados especificamente em seus segmentos”, conta Clara. “A cada ano procuramos melhorar as estratégias e implantar ações inovadoras. Tem funcionado”, finaliza.

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