Os Hospitais Bandeirantes e Leforte, de São Paulo (SP), adotaram a tecnologia Cisco para melhorar a eficiência operacional, acelerar a comunicação entre as equipes e reduzir custos. Os hospitais implementaram diversas soluções para criar uma rede convergente que proporcionasse mais agilidade ao trabalho das equipes.
“Nosso objetivo foi modernizar as operações em um prazo de cinco anos, tornando os hospitais totalmente digitais, com mobilidade, comunicação sem fio (wireless) e telefonia IP. O foco inicial era atualizar a estrutura e criar um Call Center modernizado”, explica o CEO dos Hospitais Bandeirantes e Leforte, Rodrigo Lopes.
Fundado em 1945, o Hospital Bandeirantes realiza cerca de 1500 internações por mês e mais de 12 mil cirurgias por ano. Localizado no bairro da Liberdade, é especializado em atendimentos hospitalares de alta complexidade.
Já o Hospital Leforte, inaugurado em 2009 no Morumbi, possui diversos núcleos de referência como Cardiologia, Neurologia, Traumatologia e Pediatria. Todos os meses são realizados na unidade aproximadamente 450 cirurgias e mais de oito mil internações por ano.
Mensalmente, os dois hospitais somam cerca de 20 mil pacientes atendidos no Pronto Atendimento e 10 mil em ambulatório.
Mais agilidade e segurança operacional
O projeto contemplou ampla atualização da infraestrutura existente. “Nós queríamos um ambiente em que pudéssemos automatizar o máximo possível de ações que antes eram realizadas manualmente – dispensação de materiais e medicamentos, impressão de prescrições, entre outras – e tentar reduzir gastos. A questão é que a infraestrutura do local não era adequada e não suportaria essa mudança sem uma ampla readequação”, conta Lopes.
“Quando pensamos em hospitais nos vem à mente apenas o serviço de assistência e prestação de socorro. Mas não podemos esquecer que os hospitais são empresas e que precisam estar alinhadas aos avanços tecnológicos para conseguir melhorar sua operacionalidade e reduzir custos – sem deixar de lado a segurança, já que estamos lidando com informações altamente sigilosas. A tendência é que, cada vez mais, diversos processos se tornem digitalizados”, comenta a diretora Comercial da Cisco Brasil, Ana Cláudia Plihal.
A modernização proporcionou ao cliente uma rede de dados, wireless e de telefonia IP, mais estável e robusta. As mudanças começaram pelo Hospital Leforte e depois foram feitas no Hospital Bandeirantes. Foi realizada a reestruturação de toda a rede cabeada, na qual foram utilizados switches Core modelo 4500X, switches Server Farm modelo 3750X e switches de acesso modelo 2960X, todos com uplinks a 10Gbps. Já para a implantação da rede Wi-Fi foram considerados os controladores redundantes série 5500 e Access Points série 2600.
Para atingir todos os públicos dos hospitais, a rede Wi-Fi foi segregada em cinco redes distintas: Rede VIP (exclusiva para a diretoria), Redes Corporativa e BYOD (para uso dos colaboradores), Rede Visitantes (para os visitantes e pacientes do hospital) e rede VoIP (exclusiva para utilização de ramais IP móveis). Dessa forma, é possível controlar melhor o fluxo de dados e garantir maior disponibilidade das redes sem fio. O firewall Cisco da série ASA 5500 foi a opção escolhida para assegurar uma conexão muito mais segura com a Internet, já que se trata de um dispositivo de segurança superior contra ciberataques.
“Implantamos a Solução Cisco Unified Communications Manager para telefonia, correio de voz e instant messages. Consideramos dois servidores UCS e dois gateways de voz para cada hospital. Para os terminais IP, consideramos modelos com vídeo”, explica o Diretor Comercial da Go Ahead, Tiago Colleto, parceira e integradora Cisco que executou o projeto.
A Cisco Contact Center IP Express, solução que permite a integração do sistema de telefonia IP e do Contact Center, também foi implantada. O sistema conta com as funcionalidades de gravação IP, WorkForce Management e Quality Manager para até setenta postos de atendimento do hospital. “Com essa tecnologia foi possível criarmos um Contact Center, que já conta com 35 pontos de atendimento, ante os 12 anteriores, de alta performance tecnológica. Ainda temos a capacidade de expandi-lo, dentro do espaço físico atual, para 50 pontos de atendimento, caso haja crescimento da demanda”, explica Lopes.
O mais importante para a instituição é que, além de ter a tecnologia para atender a um telefonema, agora é possível gerar indicadores de controle e gestão, que conseguem mensurar a performance real do Contact Center de forma mais tangível. Isso proporcionou a redução do número de ligações telefônicas perdidas. Outro benefício foi a Central de Agendamento, que aumentou o volume de captação de pacientes via contato telefônico.
Com a digitalização dos ambientes de trabalho, a segurança para troca de informações se tornou um item primordial. Para se ter segurança operacional das redes cabeadas e da rede Wi-Fi, o projeto utilizou um firewall da família Cisco ASA 5500-X. Além disso, o Cisco Unified Communications Manager foi implantado para garantir a melhor gestão de telefonia, correio de voz e envio de mensagens instantâneas.
A estrutura ainda conta com a solução Cisco de Endpoints modelo SX20 para videoconferência, sendo dois pontos implantados no Bandeirantes e um no Leforte. Esse recurso será utilizado somente para reuniões entre as equipes das duas unidades hospitalares, que já não precisam mais cruzar a cidade para se encontrar. Isso agiliza a troca de informações e tomadas de decisão, além da economia de recursos, ainda mais em uma cidade como São Paulo. Os participantes poderão interagir como se estivessem todos presentes na mesma sala, tornando a experiência menos “impessoal”. Agora, o grupo está dando os passos seguintes com vistas à telemedicina.
Redução de custos
Com as atualizações foi possível tornar eletrônica a dispensação e o controle das salas de cirurgias, diminuindo o tempo de operação entre as cirurgias e o preparo das salas. O controle de materiais e medicamentos agora pode ser feito por código de barra. Além disso, os médicos podem checar prescrições por meio de dispositivos móveis. “É possível ter maior controle do estoque, diminuindo a movimentação de caixa e aumentando indiretamente a receita. Houve ganhos de mobilidade e agilidade”, comenta Lopes.
Com a digitalização das operações, haverá uma considerável redução no consumo de papel e dos gastos com ligações telefônicas pelos hospitais. Uma das principais metas do Grupo é ter hospitais 100% sem papel, objetivo que só será possível graças às tecnologias Cisco utilizadas no projeto.
“Tínhamos gastos mensais de R$ 85 mil em ligações telefônicas e R$ 120 mil em impressões. Em médio prazo foi possível obter uma redução de 50% dos custos com telefonia e em longo prazo será possível perceber a redução de pelo menos mil reais por mês com impressão. Mas a ideia é reduzir ainda mais esses valores nos próximos três anos”, comenta o CEO dos Hospitais Bandeirantes e Leforte.