Na última quarta-feira (7), em uma ação inédita, a AME – Amigos Múltiplos pela Esclerose, promoveu a primeira edição do Fórum Atores da Saúde 2.0 (FAS 2.0). O evento reuniu gestores de Organizações da Sociedade Civil (OSC’s), profissionais da saúde, representantes de órgãos governamentais e da indústria farmacêutica.
O principal objetivo foi capacitar representantes de OSC’s da área de saúde, para que invistam na profissionalização da gestão de suas entidades preocupadas com a melhora da qualidade de vida de seus assistidos. Por meio de palestras e painéis, os participantes foram orientados quanto ao desenvolvimento de políticas públicas assertivas (Advocacy), empoderamento de seus pacientes (Awareness), fronteiras e possibilidades da pesquisa clínica em saúde no Brasil (Pesquisa Clínica) e sustentabilidade financeira (Captação de Recursos).
“Quando fui diagnosticado com Esclerose Múltipla, percebi a carência de dados e informações não apenas sobre esclerose, mas sobre todas as doenças consideradas raras, que chegam a oito mil tipos no mundo. Hoje, o país conta com mais de 13 milhões de pessoas com doenças raras e é importante que as OSC’s estejam preparadas para atender esses pacientes da melhor forma possível. Ao criar esse evento, quis unir os representantes dessas associações e de órgãos governamentais para promover debates saudáveis sobre o assunto, além de capacitá-los”, comenta Gustavo San Matin, fundador da AME.
Entre os palestrantes, esteve presente Welligton Nogueira, fundador da organização Doutores da Alegria, que, com muito bom humor, falou sobre a história e o trabalho desenvolvido pela ONG. “Quando comecei esse trabalho em 1991 eu era uma ING (Individuo Não Governamental) o que facilitava muito as reuniões de ‘euquipe’, (rs), mas acredito que por menor que seja uma gota d’água no oceano, ela causa impacto. Hoje contamos com 724 iniciativas pelo Brasil”, disse Wellington.
“Com o sucesso deste evento, já estamos trabalhando para a produção da próxima edição e esperamos contar com mais participantes para contribuir com o empoderamento de pacientes em todo o país”, finaliza Gustavo.