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Brasil alcança 17% da meta em projeto internacional que busca a cura para a esclerose lateral amiotrófica

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O Instituto Paulo Gontijo participou, em 7 de dezembro, da segunda reunião de 2016 sobre o Project MinE, estudo mundial que atua em 16 países e promove a disseminação de conhecimento sobre a ELA por meio do sequenciamento genético. O encontro, que reuniu pesquisadores envolvidos no programa em diversos países, ocorreu em Dublin, Irlanda, durante o 27.º Simpósio Internacional de Esclerose Lateral Amiotrófica. Lá, o IPG, que representa o Brasil na pesquisa, divulgou a meta atingida pelo País ao fim deste ano: 17%.

O IPG é uma organização sem fins lucrativos que tem como objetivo a promoção de pesquisas e estudos científicos que contribuam para aumentar o nível de conhecimento a respeito da esclerose lateral amiotrófica, uma enfermidade degenerativa que atinge aproximadamente 10 mil pessoas no Brasil. A doença se caracteriza pelo aparecimento de lesões cicatriciais (esclerose) que envolvem a porção lateral da medula espinhal e levam à atrofia muscular (amiotrófica). Sua cura e suas principais causas ainda não foram descobertas.

Como parte de suas ações, o IPG promove a coleta de material genético, enviado ao Project MinE para análise e pesquisa, a fim de obter maior conhecimento sobre a doença. Para a coleta, o Instituto conta com a participação de voluntários que vivem com ELA e também de “controles”, pessoas que não foram diagnosticadas com a enfermidade. Como parte de um consórcio internacional, as amostras provenientes do Brasil ganham destaque pela grande variabilidade genética de nossa população, única no globo. A última coleta ocorreu em Porto Alegre e contou com 21 participantes.

O coordenador científico do IPG, Miguel Mitne Neto, ressalta que apesar de o ano ter sido economicamente complicado para o País, o que afeta na obtenção de recursos para a realização de cada etapa do processo, a última coleta foi um sucesso. “Para o próximo ano, o braço brasileiro do Project MinE tem como desafio a arrecadação de recursos superior à obtida nos últimos dois anos. As primeiras amostras serão sequenciadas no primeiro trimestre, e, no período seguinte, iniciam-se as análises dos dados. Esperamos chegar ao simpósio do próximo ano já com resultados preliminares.”

Além da coleta de material genético, o Instituto Paulo Gontijo também é a única instituição do mundo a reconhecer o trabalho de jovens cientistas interessados em trazer novos conhecimentos a respeito da ELA. A pesquisa vencedora do Prêmio PG de Medicina Internacional deste ano é originária da França, feita pelo PhD Edor Kabashi, pesquisador do Instituto do Cérebro e Medula do Hospital Pitié Salpêtrière em Paris. A premiação, que também ocorreu durante o simpósio, é reconhecida pela comunidade científica em todo o mundo e tem como parceiros a Aliança Internacional de ELA, a Motor Neurone Diasese Association (MNDA) e a Comunidade Europeia de Estudos pela Cura da ELA (Encals).

Prêmio PG de Medicina

Desde 2007, o Instituto Paulo Gontijo (IPG) atua no incentivo a pesquisas científicas associadas à Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) por meio do Prêmio Paulo Gontijo (PG Award) de Medicina Internacional. O prêmio analisa estudos de jovens pesquisadores ao redor do mundo e conta com uma comissão de jurados composta por cinco pesquisadores reconhecidos pela comunidade científica internacional. O prêmio passou a ser concedido anualmente desde 2011, com o apoio internacional da MNDassociation, Internacional Alliance of MND/ALS Associations e Comunidade Europeia de Estudos pela Cura da ELA (Encals).


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