O Rio de Janeiro detém o recorde de cirurgias bariátricas feitas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), todas feitas por videolaparoscopia, técnica menos invasiva que permite recuperação mais rápida do paciente. Desde 2009, quando a equipe do Dr. Cid Pitombo criou o Programa de Cirurgia Bariátrica no Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes, mais de 1.600 pacientes foram operados, moradores de todas as regiões do estado do Rio de Janeiro. A média de atendimentos ambulatoriais está sendo mantida em 2.000/mês e a taxa de sucesso é de 99%.
A equipe do programa é multidisciplinar, composta por médicos, enfermeiros, psicólogos e nutricionais. Mais de quatro mil pacientes estão sendo acompanhados no pré e pós-cirúrgico.
“É um trabalho de resgate desses pacientes, realizado com muita dedicação e seriedade por toda a equipe. Devolvemos à sociedade o paciente antes obeso que não trabalhava, que tinha vergonha de comprar roupas e que não tinha mais vida afetiva”, conta o coordenador, o médico Cid Pitombo.
Estudo inédito feito pela equipe do Dr. Pitombo de fato apontou que a vida sexual e financeira dos ex-gordinhos só melhorou após a cirurgia. Cerca de 40% dos pacientes afirmaram que a vida sexual passou de ruim para muito boa. Outros 14% disseram que a vida entre quatro paredes passou de boa para muito boa. Os novos magrinhos também relataram aumento de mais de 30% na renda familiar.
Atendimento a jovens - Pioneiro neste tipo de tratamento, o programa já tratava jovens pacientes dois anos antes da divulgação de portaria do Ministério da Saúde, permitindo a realização da redução de estômago pelo SUS para pacientes a partir dos 16 anos. O objetivo principal é focar no atendimento especializado e preventivo, ou seja, a redução do peso com dietas. O motivo da opção prioritária pela não intervenção cirúrgica de imediato está relacionado aos eventuais danos psicológicos em pessoas tão jovens.