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Por Carol Gonçalves
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Os hospitais possuem total responsabilidade em relação ao assunto e têm o dever de identificar e pontuar os riscos existentes nos locais de trabalho. Gregos conta que existem várias determinações do Ministério do Trabalho e Emprego que tratam desta questão, entre elas a Portaria 3.214, que estabelece as Normas Reguladoras, como a NR 32, que determina as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores. “Em razão de sua importância, ela dever ser consultada antes de qualquer mudança nos ambientes de atuação”, explica.
Katia, do HU de Jundiaí, acrescenta que a NR 32 é muito abrangente nos assuntos relacionados à área hospitalar, tendo como principal objetivo a redução de acidentes envolvendo materiais perfurocortantes com a publicação da Portaria 1.748/2011, que institui o Anexo III – Plano de Prevenção de Riscos de Acidentes com Materiais Perfurocortantes.
As instituições também devem se atentar ao PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, criado através da NR 9, no qual são levantados os riscos existentes nas atividades realizadas em todos os setores do hospital, apresentando as medidas para eliminação ou controle dos fatores de riscos.
“É dever do empregador cumprir e fazer cumprir as Normas Regulamentadoras, bem como os dispositivos legais acerca de segurança do trabalho. Manter e divulgar medidas de biossegurança são ações conjuntas que devem sempre ter o envolvimento dos gestores, do SESMT – Serviços Especializados em Segurança e Medicina do Trabalho, bem como da alta direção, para o sucesso das ações de orientação, treinamento, diálogo de segurança e divulgação de todas as atividades de prevenção de acidentes”, adiciona Katia, do HU de Jundiaí.
As instituições de saúde também precisam estar atentas às condições de trabalho impostas aos seus colaboradores, pois o excesso de atividades, a tensão, o cansaço e o estresse influenciam na ocorrência de acidentes ocupacionais. Nada como um olhar sensível para identificar esses problemas e uma atitude ágil e humanizada para resolvê-los.
NA PRÁTICA
Veja a seguir as experiências compartilhadas pelos hospitais entrevistados. O segredo é envolver toda a equipe e seguir a regulamentação.
Na Santa Casa de Mauá, antigamente, as ações preventivas para combater os riscos de acidentes e/ou exposições biológicas eram individuais entre os setores e, quase sempre, os resultados ficavam prejudicados, conforme conta Gregos.
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