A preocupação em ter uma boa saúde mental vem aumentando nos últimos anos, não apenas entre profissionais de saúde, mas também entre a população. Isso ocorre em razão da mudança demográfica, com o aumento da longevidade, e do atual estilo de vida, principalmente nas grandes metrópoles.
Diante dessa nova realidade, o Serviço de Gerontologia do Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo (SP), desenvolveu o Programa Cérebro Ativo, para atender de forma multidisciplinar adultos e idosos interessados em melhorar o desempenho cognitivo nas atividades diárias.
Dentro de sua proposta de difundir e debater o assunto, entre 21 de março a 1º de agosto será realizado o III Curso de Capacitação em Estimulação Cognitiva Intergeracional: Teoria e Prática, voltado a médicos e profissionais da saúde em geral.
“Tivemos resultados muito positivos nas oportunidades anteriores. Por isso, organizamos uma nova edição para março”, explica o médico geriatra Alexandre Leopold Busse, um dos coordenadores do programa.
O curso tem o objetivo de capacitar o profissional de saúde a realizar intervenções em grupo de adultos e idosos com queixas de falhas cognitivas. Além disso, habilita os participantes a promover o envelhecimento saudável e a prevenção neurocognitiva, através de hábitos saudáveis, sociabilização e controle de doenças crônicas.
“Todas as semanas, teremos um trabalho conjunto entre os participantes, que colocarão em prática as estratégias para melhorar as principais queixas cognitivas da vida diária”, destaca Gislaine Gil, neuropsicóloga que também atua na coordenação do programa, ao lado do Dr. Venceslau Antonio Coelho e do Prof. Dr. Wilson Jacob Filho.
Atividades de comunicação, doenças que alteram o funcionamento da memória, atividades físicas, técnicas de relaxamento, orientações sobre como dormir e o gerenciamento do ambiente para evitar distrações estão entre os 20 temas que serão abordados durante o programa.
A associação da estimulação cognitiva com hábitos saudáveis e sociabilização representa um método eficaz para a prevenção do declínio cognitivo. “Normalmente, a capacidade de desenvolvermos sinapses vai diminuindo com o passar dos anos. Mas podemos criar formas de proteger o cérebro e evitar esta redução com estimulação específica”, destaca Gislaine Gil.
Inscrições até 14/03/2017.