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Palestra “De mãos dadas com a higienização das mãos” abre semana de conscientização no Hospital Universitário de Jundiaí

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Para a surpresa dos colaboradores do Hospital Universitário de Jundiaí (SP), 57% dos brasileiros não têm o hábito de lavar as mãos. Esta foi uma das declarações da enfermeira Verônica Idalécio, da empresa Purell, especialista na produção e comercialização de itens para higienização das mãos e pele. A informação foi divulgada durante a palestra de abertura da Semana de Higienização das Mãos 2017, promovida pela equipe Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do HU. O dado é de uma pesquisa encomendada pela empresa. A questão é preocupante, uma vez que lavar as mãos de forma correta é uma das medidas mais importantes para impedir a propagação de doenças.

E se entre a população a prática de lavar as mãos não é levada muito a sério, dentro de qualquer instituição de saúde é quesito básico para prestar assistência aos pacientes.  “Este hábito, aliado a outros procedimentos, é que irá garantir a prevenção na transmissão de infecções e proliferação de microrganismos resistentes”, ressalta Thaís Borim, enfermeira do SCHI do HU. O tema é tão relevante que o HU reforça permanentemente a conscientização de seus profissionais e uma vez por ano dedica uma semana inteira somente ao assunto.

O procedimento de lavar as mãos, segundo a palestrante é “simples, porém complexo”, uma vez que para surtir efeitos, exige uso de produtos adequados, manobras certeiras e comprometimento de toda equipe hospitalar. “Não adianta só um membro de uma equipe médica higienizar corretamente as mãos, pois irá dividir equipamentos com os demais profissionais e os microrganismos podem ser transmitidos desta forma, implicando em riscos para a segurança do paciente e dos próprios profissionais”, destaca.

Durante a apresentação a enfermeira Verônica abordou situações rotineiras em serviços de saúde, falou sobre cinco momentos em que a higienização das mãos deve ser feita no ambiente hospitalar, citou casos reais, abordou a questão em outras partes do mundo e deu dicas práticas.

Para encerrar, orientou: “nós (profissionais de saúde) nos dedicamos a cuidar e, em algumas situações, a diferença entre salvar vidas ou levar à morte, está literalmente em nossas mãos. É preciso combater cada vez mais a proliferação de microrganismos em nossas instituições. Manter os índices de infecção cada vez mais baixos é o nosso desafio”.

A pesquisa

A pesquisa citada pela palestrante, sobre os hábitos dos brasileiros, foi realizada com 1.057 pessoas com idades entre 18 e 65 anos, nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Recife. Também indicou dados que exigem atenção e requerem a conscientização, sobretudo da população:

  • 89% não lavam as mãos antes de alimentar as crianças;
  • 79% não lavam as mãos após tocar em animais;
  • 60% não lavam as mãos após o uso de transporte coletivo (quando seguram em barras de ferro, encostos de poltronas etc.);
  • 54% não lavam as mãos antes de preparar alimentos;
  • 51% não lavam as mãos após utilizar o sanitário.

O evento

No HU as atividades da Semana de Higienização das Mãos 2017, que teve início nesta terça-feira (27), prosseguem até o dia 30. Estão previstas atividades lúdicas em todos os setores do hospital, exposições e um concurso de frases, na qual os colaboradores podem usar e abusar da criatividade para escrever sobre o tema “Importância da higienização das mãos na prevenção de infecções”. A melhor frase será premiada. “Todas essas ações são feitas com muito amor e empenho, têm o intuito de cuidar cada vez melhor de nossos pacientes e colaboradores, promovendo a orientação adequada a favor da saúde”, finalizou a enfermeira Thaís.


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