Amor, carinho e dedicação ao cuidar de cada paciente, acompanhando seu desenvolvimento e oferecendo todo o suporte necessário para uma jornada saudável. Estas são algumas características da medicina humanizada, que leva em consideração uma relação mais próxima entre médico, paciente e familiares, na qual se estabelece um relacionamento de cumplicidade. Bom para o paciente e ótimo para o profissional, já que podem refletir, juntos, sobre a importância de decisões bem pensadas com relação à saúde.
Existem alguns fatores facilitam a aproximação médico-paciente, principalmente, quando o assunto são crianças e adolescentes. “Durante a consulta, o profissional deve procurar responder todas as questões que a família traz ao consultório, mesmo que não sejam questionamentos médicos. Muitas vezes, as dúvidas trazidas estão relacionadas ao dia a dia, e, às vezes, angustiam muito mais”, afirma o Dr. Hany Simon Junior, pediatra, em parceria com a Johnson & Johnson.
Segundo o especialista, durante a consulta é importante que o profissional fale com clareza, sem eufemismos, mesmo quando o quadro clínico não é favorável. “O especialista pode dizer que não há nenhum diagnóstico firmado, mas sempre expor os fatos com clareza e honestidade”, completa.
Esta postura faz parte da relação de confiança que está sendo construída, e está relacionada à ideia de que o cuidado médico vai muito além da medicalização. Afinal, cuidar é mais do que aliviar. “É possível resolver muitas questões no consultório que não necessitam de prescrição médica. O médico precisa cuidar de uma forma global”, comenta.
Desafios na consulta dos pequenos
Ao longo do crescimento de uma criança, as idas ao pediatra começam a ficar mais tumultuadas. Principalmente nos primeiros anos, há um estranhamento no contato com o médico, que não faz parte do ciclo familiar infantil. Para que o desconforto seja minimizado, a postura do profissional é fundamental. “Entre 9 meses de idade e 2,5 anos, este comportamento é normal e desejável, pois mostra que a criança está interagindo e estranhando quem não faz parte do ambiente dela. O profissional espera que o pequeno paciente resista ao contato, estranhando e chorando”, comenta o pediatra.
Neste momento, os pais podem até ficar constrangidos, mas o profissional precisa explicar para a família que isso faz parte do exame clínico, e que o médico também está avaliando a atitude da criança como forma de avaliar o seu desenvolvimento neurológico e afetivo.