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Ozonioterapia: curso em São Paulo destaca a importância da técnica no tratamento de diversas doenças

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Foram três dias de intensas discussões e com informações valiosas sobre o uso da Ozonioterapia na Medicina, na Odontologia e na Medicina Veterinária. A técnica já é reconhecida pelo Conselho Federal de Odontologia, através da Resolução CFO Nº 166 de 24/11/2015, e utilizada em todas as áreas, principalmente na Odontologia Preventiva, no tratamento de cáries e canal, assim como em todos os atos cirúrgicos periodontais, extrações, implantes e necroses ósseas, dentre outros procedimentos.

Na Medicina Veterinária, o uso da Ozonioterapia tem alcançado sucesso em casos clínicos de animais de grande e pequeno porte, tratando as enfermidades mais frequentes.

Na Medicina, a ABOZ vem lutando há quase 12 anos pela implantação da Ozonioterapia em toda a rede de saúde, principalmente no SUS, por causa dos benefícios para os pacientes no tratamento de várias doenças e por conta da redução nos gastos públicos com saúde. A técnica ainda não é regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina, mas um Projeto de Lei Federal do Senador Valdir Raupp, que permite a prescrição da Ozonioterapia como tratamento médico complementar em todo o território nacional, está em tramitação no Congresso. A PL 227/2017 foi aprovada por unanimidade no Senado Federal e segue agora para avaliação na Câmara dos Deputados antes de ser encaminhada para a sanção presidencial.

“A regulamentação da Ozonioterapia e a futura disponibilização no SUS reduzirá o sofrimento e proporcionará maior qualidade de vida para as pessoas, além de uma importante economia de recursos financeiros para o SUS, que aumentará a sua capacidade de atendimento”, afirmou a Presidente da ABOZ, Dra. Maria Emília Gadelha Serra, uma das defensoras no Brasil da chamada “Medicina Integrativa”, que trata o paciente como um todo, considerando a relação corpo e mente e a influência do profissional de saúde no tratamento do indivíduo.

Para o Dr. Heinz Konrad, que trouxe a Ozonioterapia para o Brasil há 42 anos, o reconhecimento da técnica é urgente. “Os médicos ainda não conhecem a Ozonioterapia a fundo. Falta estudo e conhecimento. A regulamentação da Ozonioterapia é essencial para evitar que aconteçam erros médicos, por exemplo. Enquanto não for liberada e regulamentada, muitos especialistas continuarão a atuar sem ter um treinamento adequado”, ponderou o Dr. Konrad.

O palestrante Dr. Rogerio Rita, destacou a importância de um evento desse porte para a troca de informações entre especialistas de diferentes nacionalidades. A Ozonioterapia já é reconhecida em vários países da África (Egito, África do Sul), Ásia (Rússia, Dubai, China, Índia e Japão), América do Sul (Equador, Argentina, Bolívia, Peru, Colômbia), América Central (Honduras, República Dominicana) e até nos Estados Unidos, onde já é utilizada em 23 estados. Em Cuba há 39 centros clínicos de Ozonioterapia dentro de seus maiores hospitais, incorporando a terapia nas suas rotinas de atendimento desde 1980. Na China, que passou a utilizar a técnica nos últimos 17 anos, centenas de hospitais já possuem unidades de Ozonioterapia e a produção de pesquisa básica e clínica cresce exponencialmente. “Esse encontro é muito importante pelo contato com outros especialistas, inclusive de calibre internacional, que estudam a Ozonioterapia, como o Dr. Carlos Perez que veio da Colômbia nos ensinar sobre a prática. A Ozonioterapia é promissora para todos, especialmente para pessoas com autismo, para quem estão sendo estudadas outras formas de tratamento além da neurológica”, explicou o Dr. Rogério Rita.

A Ozonioterapia é uma técnica que usa o ozônio – uma molécula altamente reativa e fugaz – dentro de uma mistura dos gases oxigênio e ozônio (mistura também conhecida como “Ozônio Medicinal”), para fins terapêuticos. O ozônio, em contato com o organismo, melhora a oxigenação e a circulação sanguínea, reduz a dor e a inflamação, além de conter propriedades germicidas. Desta maneira, podem ser tratadas com a Ozonioterapia diferentes doenças, sejam de origem isquêmica, inflamatória e infecciosa. As propriedades contra bactérias, fungos e vírus do Ozônio Medicinal permitem a sua ampla utilização no tratamento de feridas infectadas e apresenta um enorme potencial no controle de infecções hospitalares por bactérias multirresistentes e de tuberculose, por exemplo.

Os cursos promovidos pela ABOZ têm por objetivo informar os profissionais de saúde sobre os benefícios da técnica de forma segura em suas áreas de atuação, tomando como base conceitos fundamentais e atualizações científicas. O Dr. Arnoldo de Souza, Diretor Científico da ABOZ, destacou as novidades apresentadas na área de Oncologia durante o curso, realizado no último fim de semana. “Esse curso nos mostrou que a quantidade de pessoas presentes mostra como os médicos estão procurando conhecer a Ozonioterapia. Não se pode ignorar a presença de mais de 200 profissionais em um curso sobre um assunto como esse. Podemos até pensar em cursos e núcleos regionais pelo país. Dessa forma, podemos consolidar a técnica, informar melhor, disseminar a futura prática para médicos e profissionais de saúde (dentro da equipe multidisciplinar) e os benefícios para a população”, afirmou.

A Dra. Maria Emília Gadelha Serra agradeceu a grande mobilização dos profissionais de saúde durante a votação do projeto da Ozonioterapia no Senado Federal e pediu que todos se mantenham mobilizados para a votação na Câmara dos Deputados. A ABOZ, desde 2006, defende que a Ozonioterapia seja uma possibilidade real na saúde pública brasileira. Uma das atribuições da entidade é promover o ensino e a pesquisa, garantindo que informação de qualidade  seja transmitida à população. Os cursos promovidos pela ABOZ têm caráter apenas informativo, não fornecendo qualquer tipo de reconhecimento ou habilitação em relação ao procedimento. “A Ozonioterapia, assim como todo procedimento médico, deve ser feita exclusivamente por profissionais qualificados, devidamente treinados e capacitados a utilizar a técnica”, conclui a Dra. Maria Emília.


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