O direito de ir e vir. Sair de casa, chegar ao colégio, brincar com os amigos na rua e voltar para a casa à noite. Isso pode ser um dia rotineiro de uma criança. Mas e quando o direito de se locomover é limitado? O que acontece quando uma criança quer, mas não consegue ter essa rotina?
Uma a cada sete pessoas no mundo possui algum tipo de deficiência. No Brasil, esse percentual é 6,2% da população, sendo 1,3% com limitações físicas. No universo infantil, são 122.450 crianças com dificuldades de se locomover em todo o país.
O Instituto Entre Rodas, que tem entre seus propósitos garantir o direito básico de ir e vir a todos os seres humanos, realiza campanha nacional de crowdfunding a compra de 180 cadeiras de rodas indicadas para crianças de 05 a 14 anos. Com doações que começam em R$ 10,00, a campanha está ativa até o dia 20 de novembro no link www.kickante.com.br/campanhas/entre-rodas-cadeiras-de-rodas-para-criancas.
O foco da ONG com esta campanha é dar às crianças autonomia para explorar o mundo ao seu redor, facilitar o acesso das crianças a uma vida ativa e normal para sua idade. É importante que as cadeiras sejam de tamanho e peso adequado para a idade e estatura de cada criança, facilitando o manuseio. A utilização frequente de cadeiras fora das especificações indicadas por crianças pode ter consequências sérias, inclusive novos problemas físicos e desestímulo pela dificuldade de manuseio.
Entre as graves consequência da falta de cadeira de rodas para crianças com deficiência de locomoção está a evasão escolar.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a fila de espera por uma cadeira de rodas é um dos maiores problemas enfrentados hoje pelo brasileiro com deficiência. Cerca de dois milhões de pessoas precisam de um equipamento para se locomover no país, mas apenas 10% conseguem ter acesso aos equipamentos fornecidos pelo SUS (Sistema Único de Saúde). A média de espera é de 2 a 5 anos.
Instituto Entre Rodas
O Instituto Entre Rodas proporciona o desenvolvimento integral das crianças e adolescentes com e sem deficiência, que estudem em escolas regulares, seja através da doação de cadeiras de rodas, da conscientização ou do apoio aos cadeirantes.
Trazemos em nosso DNA o artigo 6º da Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, que reconhece que as mulheres e meninas com deficiência estão sujeitas a múltiplas formas de discriminação e, portanto, tomarão medidas para assegurar às mulheres e meninas com deficiência o pleno e igual exercício de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais.
A violência contra a mulher tem reunido pessoas em todo o mundo. Dados da ONU indicam que as mulheres são vítimas de abuso físico, sexual e moral. A falta de informação sobre direitos humanos, desvalorização da vida, baixa autoestima, desemprego, uso de drogas e álcool são variáveis muitas vezes ligadas à realidade sócio-econômica-cultural. Para completar o quadro, muitas possuem deficiências, algumas até como resultado da violência e/ou negligência.