Na manhã de terça-feira (1) foi realizado mais um encontro do Fórum Perinatal Estadual, na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, de Goiânia (GO). Neste mês, o evento organizado mensalmente pela Superintendência de Políticas de Atenção Integral à Saúde (SPAIS) da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO), em que são feitas discussões sobre a saúde perinatal, teve como tema de debate o Zika vírus e a microcefalia.
A infectologista e diretora técnica do Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT/HAA), Letícia Aires, foi a primeira a ministrar sobre o assunto. Entre os tópicos discutidos, ela esclareceu dúvidas sobre o contágio por meio da amamentação. Segundo a médica, a Organização Mundial da Saúde (OMS) descartou a possibilidade de mães transmitirem o vírus para o bebê por meio do aleitamento materno. “A OMS orienta a mãe a continuar a amamentar seu filho ao menos até os seis meses de idade, e se puder, até os dois anos”, destacou.
Em seguida, a coordenadora do Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde (CIEVS), Ana Carolina Santana, continuou a discussão sobre o tema e informou os presentes sobre a nova determinação da OMS com relação às medidas do perímetro cefálico do bebê para ser identificada a microcefalia. “Após vinte e quatro horas do nascimento do bebê é feita a medição da cabeça. O diagnóstico da malformação é positivo para meninos se a medida for 31.9 cm e para meninas, 31.5 cm”, afirma.
O diretor técnico da MNSL, Humberto Borges, considerou a discussão bastante proveitosa, pois caso haja casos de microcefalia na unidade, os profissionais estarão melhor preparados. “Eu, como membro do Fórum Perinatal, considero muito relevante o debate e agradeço a oportunidade de recebê-los. As portas da maternidade estão sempre abertas para discussões como essas”, concluiu.