O Dia Mundial do Rim, celebrado no dia 10 de março, é um evento que busca promover o debate sobre uma doença que vem crescendo a cada ano no Brasil e no mundo: a Doença Renal Crônica (DRC). No país, um em cada dez brasileiros tem problemas nos rins e, anualmente, milhões de pessoas morrem devido a complicações decorrentes da doença. Este ano, o objetivo da campanha é incentivar a detecção precoce nas crianças e facilitar a educação e a conscientização dos pais para combater o aumento de doenças evitáveis nos rins. A iniciativa também quer alertar para a importância do tratamento de crianças com problemas renais.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia, em 2015, o Brasil foi o terceiro país do mundo com maior número de atividades, ações e iniciativas no Dia Mundial do Rim. A B. Braun, multinacional alemã do segmento médico-hospitalar, e uma das maiores provedoras de sistemas de tratamento para terapias de substituição renal em todo o mundo, é uma das empresas que aderem à campanha. Às vésperas do Dia Mundial do Rim, nesta quarta-feira (9), a empresa mobilizará toda sua equipe de saúde para a aferição de pressão, peso, altura e glicose dos colaboradores. Além disso, serão fornecidas orientações sobre a importância de uma alimentação balanceada e hidratação constante, as principais causas da DRC e os tipos de tratamento.
Para o médico nefrologista e consultor B. Braun Avitum, Rubens Lodi, as campanhas preventivas são essenciais para a conscientização da população quanto ao diagnóstico precoce da doença renal. “Sabemos dos riscos de infarto do coração com o fumo, o colesterol alto, mas sabemos os riscos que a doença renal acarreta? Estudo que liga o coração ao rim, diz que pacientes com função renal maior que 60% tem 2% de chance de infarto. Já pacientes com função renal menor que 15% esse percentual chega a 36%. Isso é 15 vezes maior! E os exames para detectar precocemente a função renal são extremamente simples: um exame de urina simples e a medida da creatinina sérica. Mas mais importante que isso é ser avaliado por um médico por conta da história clínica do paciente”, esclarece.
Ele acrescenta ainda que as pessoas acreditam que problemas renais apenas existem quando são compelidos a fazer hemodiálise. “Não é verdade. Problemas renais existem em uma gama gigante e os métodos de diálise só são tratamento, quando estes perderam mais de 90% de sua função renal original. Temos que orientar esses pacientes adultos e crônicos para o controle precoce de seu sofrimento renal, para postergar ou até evitar a hemodiálise”, finaliza.