Quantcast
Channel: HOSPITAIS BRASIL
Viewing all articles
Browse latest Browse all 5620

No Dia Internacional da Mulher, a luta é contra o câncer

$
0
0

 

O Dia Internacional da Mulher é uma data comemorativa que simboliza as lutas travadas pelo gênero ao longo da história. O papel delas na sociedade vem se tornando cada vez maior, seja na família, no mercado de trabalho ou em outros aspectos que rodeiam o dia a dia. E assim como a data é uma forma de lembrar sobre as conquistas e desafios do sexo feminino, é, também, uma oportunidade para relembrar às mulheres sobre a importância da prevenção contra o câncer e cuidado com o corpo.

De acordo com os últimos dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), atualmente, oito milhões de pessoas morrem por ano de câncer no mundo. Já no Brasil, em 2016, o INCA estima a ocorrência de 596 mil casos da doença, sendo que mais da metade dessa estimativa (300.870) acometerá mulheres.

Ainda segundo o instituto, os tipos da doença mais comum em mulheres são: câncer de pele não melanoma, mama, cólon e reto, colo do útero, pulmão, estômago, corpo do útero, ovário, glândula tireoide e linfoma não-Hodgkin. Cada tipo atingir uma parte do corpo e possui um diagnóstico diferente, porém o melhor remédio contra o câncer é a prevenção, e, para isso, a informação é grande aliada nessa luta.

Câncer de Pele não melanoma: é o mais comum no país, porém atinge mais mulheres (94.910) do que homens (80.850). Tem baixa taxa de letalidade e está relacionada a vários fatores, como: tomar sol excessivamente, envelhecimento, bronzeamento artificial e à tonalidade da pele. O médico oncologista da Oncomed BH, Dr. Amândio Soares, lembra que as formas de prevenção incluem estar sempre atenta a manchas na pele, fazer uso de filtro solar todos os dias e não prolongar a exposição ao sol.

Câncer de mama: Segundo o oncologista, o diagnóstico do câncer de mama ocorre a partir de quadro clínico suspeito caracterizado por fadiga, cansaço, palpitações, sangramentos, febre associada à alteração do hemograma que evidencia anemia, plaquetopenia, neutropenia e presença de blastos circulantes, quando leucemia aguda. E pode ser confirmado com a coleta da medula óssea para estudo citomorfológico, imunofenotípico e citogenético, porém o autoexame, que pode ser feito em casa, é, também, uma forma de prevenir-se. Ao circular os seios com os dedos, a menor presença de nódulos deve ser informada ao médico. O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo. O INCA estima cerca de 58 mil novos casos da doença nesse ano.

Cólon e reto: O câncer colorretal na maioria dos casos é curável, porém quanto mais cedo à anomalia for detectada, melhor para o tratamento, que envolve uma cirurgia, por isso, é preciso ficar de olho. Mudanças de hábito intestinal, desconforto abdominal ou cólica são sintomas da doença. Para 2016, são esperados 34.280 casos, sendo 17.620 apenas em mulheres.

Câncer de colo de útero: é o terceiro tumor mais comum entre as mulheres e o INCA estima 16.340 casos esse ano. “Em 99% dos casos, a doença está relacionada ao vírus HPV, vírus sexualmente transmissível. Por isso, a maneira que temos para prevenir e diminuir o número de casos é reduzir consideravelmente o número de parceiros sexuais, usar sempre o preservativo e fazer os exames ginecológicos periodicamente. É importante que a mulher faça esses exames a partir do início de vida sexual ativa. O uso da vacina é um método eficaz para as meninas que ainda não tiveram relações sexuais, pois elas têm maior possibilidade de desenvolver anticorpos de proteção ao HPV. Atualmente, já está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS)”, explica o Dr. Amândio Soares. A maioria dos tumores malignos do ovário só se manifesta em estágio avançado (75% dos casos). Na fase inicial, não causa sintomas específicos, o que dificulta o diagnóstico precoce. À medida que o tumor cresce, pode comprimir outros órgãos e estruturas e produzir sintomas, como aumento do volume abdominal, constipação intestinal ou diarréia, dores difusas, massa abdominal palpável. “O exame ginecológico de rotina, associado à ultrassonografia, podem mostrar achados suspeitos, motivando a investigação com novos exames complementares (Tomografias / marcador tumoral CA125). A partir destes resultados, é indicado um procedimento invasivo (cirurgia) para diagnóstico, estadiamento (estágio da doença) e tratamento”, explica Dr. Amândio.

Pulmão: O câncer de pulmão representa 2% de aumento de sua ocorrência, por ano, na população mundial. “Em 90% dos casos esse tipo de doenças está associado com o hábito de fumar, por isso, evitar o consumo de tabaco é a primeira forma de prevenção”, alerta o oncologista. Sua incidência é altamente letal e suas estimativas para esse ano são de 28.220 caos, desses, 10.890 acometerão mulheres. Tosse e o sangramento pelas vias respiratórias são os sintomas mais comuns, porém, Pneumonia, também pode está ligada ao câncer de pulmão. A maneira mais fácil para diagnosticar é por meio de raios-X do tórax complementado por tomografia computadorizada.

Estômago: Os tumores de estômago, também nomeados como câncer gástrico, podem atingir 7.600 mulheres apenas nesse ano. De acordo com Dr. Amândio Soares, para esse tipo da doença é preciso ficar bastante atento aos sintomas, pois são difíceis de evidenciar, pois não são específicos. “Os sinais mais frequentes são a perda de peso e apetite, dificuldades para engolir, má digestão, vômitos após as refeições, fezes escuras e massa palpável no abdome”, declara o oncologista. Existem três formas de manifestação histológicos: adenocarcinoma (responsável por 95% dos tumores), linfoma, diagnosticado em cerca de 3% dos casos, e leiomiossarcoma, iniciado em tecidos que dão origem aos músculos e aos ossos. E dois tipos de exames para os diagnósticos: a endoscopia digestiva alta, considerada a mais eficiente e o exame radiológico contrastado do estômago. “É sempre bom lembrar que o câncer gástrico, nos seus estágios mais iniciais e passíveis de tratamento curativo, é uma doença de modo geral silenciosa”, reforça o médico.

Corpo do Útero: Também chamado de câncer de endométrio é um dos tumores ginecológicos mais frequentes. Acomete principalmente as mulheres na pós-menopausa, depois dos 60 anos, seu diagnóstico é associado ao sangramento que ocorre após esse período. “Os fatores de risco para essa doença incluem pacientes que sofram de obesidade, diabetes, sem filhos e com história de menopausa tardia”, destaca o oncologista. As previsões são de 6.950 casos nesse ano.

Ovário: Podendo atingir seis mil mulheres em 2016, o câncer de ovário é o tumor ginecológico mais difícil de ser diagnosticado e o de menor chance de cura. Segundo o INCA, cerca de 3/4 dos cânceres desse órgão apresentam-se em estágio avançado no momento do diagnóstico. “Cerca de 10% dos casos apresentam causa de envolva histórico genético ou familiar, já 90% das ocorrências não possuem um fator conhecido”, afirma Dr. Amândio. Os sintomas incluem pressão, dor ou inchaço no abdômen, pelve, costas ou pernas; náusea, indigestão, gases, prisão de ventre ou diarreia e cansaço constante, porém não parecem nos estágios iniciais.

Glândula Tireoide: Para o Dr. Amândio, o sexo feminino deve ficar atento a esse tipo de tumor, pois ele acomete três vezes mais o gênero. De acordo com o INCA serão 5.870 casos em mulheres, nesse ano. A doença se caracteriza pelo aparecimento de nódulo na glândula Tireoide, localizada no pescoço. A ocorrência do caso na família pode ser um fator de risco para a doença. “O diagnóstico pode ser feito a partir de exames de sangue e a glândula pode ser retirada como forma de prevenção”, complementa Dr. Amândio.

Linfoma não-Hodgkin: A doença pode acometer 5.030 mulheres e se origina nos linfonodos, que são importantes para o corpo no combate às infecções. Seus sintomas incluem gânglios aumentados no pescoço, axilas e/ou virilha, além de sudorese noturna excessiva, febre, perda de peso sem motivo e coceira na pele. Assim como na maioria dos linfomas, o tratamento é feito por meio de quimioterapia, radioterapia, ou ambas. Na suspeita da doença, os sintomas devem ser comunicados o mais breve possível e o acompanhamento médico é imprescindível.

Manter bons hábitos alimentares e praticar exercícios físicos, além de sempre consultar um médico para exames regulares são essenciais e podem salvar vidas.


Viewing all articles
Browse latest Browse all 5620