Na era em que a tecnologia serve para auxiliar as pessoas, facilitando suas vidas e contribuindo para que novas coisas sejam vivenciadas, quem possui algum tipo de deficiência (auditiva, motora ou visual, por exemplo) só tende a se beneficiar das descobertas tecnológicas.
Agora, pessoas que antes poderiam ser consideradas até mesmo inválidas, por conta de sua condição, conseguem buscar uma formação no ensino superior, além de trabalhar, escrever, constituir família, ou seja, conseguem superar seus limites e realizar tudo que uma pessoa considerada “normal” pode fazer, com uma única diferença: elas os fazem de um jeito especial, só delas, o que, no final das contas, deixa tudo ainda melhor.
Entretanto, o cenário economicamente instável do país faz com os investimentos em tecnologias voltadas para essa área sejam escassos e deixados de lado. A 3D Protos, contudo, é uma empresa que vem no sentido contrário a isso. Presente no mercado há menos de um ano, a empresa porto alegrense está desenvolvendo testes em relação a impressão de próteses 3D que visam atender os pacientes que sofreram algum tipo de amputação em suas vidas.
Fernando Flores, diretor executivo da empresa, afirma que a impressão 3D exige muita atenção nas diversas etapas que o processo requer. “Com parcerias com hospitais, estamos oferecendo os testes para alguns pacientes. A partir desse acordo, é realizado um estudo completo baseado na pessoa, com pesquisas a respeito de interface, posicionamento e a modelagem 3D, isso tudo tendo como objetivo suprir a necessidade específica de cada paciente. Dessa forma, depois do período de testes os produtos precisam ser certificados e só depois irão para o mercado”, afirma.
De acordo com Flores, os exames estão sendo vistos com bons olhos por existir uma carência a esse serviço. “Estamos observando que existe essa lacuna aberta para esse serviço, pois o índice de abandono das próteses pode chegar a até 70%, como nos casos de tratamento para membros superiores. Assim, com esse projeto em desenvolvimento, pretendemos criar próteses impressas em três dimensões realmente ajustados ao paciente, para que eles se adaptem da melhor maneira possível e não abandonem as próteses, episódio recorrente em muitos casos”, conclui.