Doença que ainda mata cerca de 4,6 mil pessoas por ano no país, a tuberculose poderia fazer menos vítimas se o atendimento especializado fosse procurado rapidamente pelos pacientes. É o que afirma a pneumologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Denise Onodera. “Ausência de medidas efetivas por parte da vigilância epidemiológica, controle e melhoria nas condições de higiene e socioambientais também contribuem para estas estatísticas”, esclarece a especialista.
Todos os anos, o Brasil notifica 70 mil casos da doença. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que, até 2020, 1 bilhão de mortes serão registradas no planeta. Por outro lado, nos últimos dez anos, a incidência de tuberculose caiu 22,8% no país. Em 2014, foram apontados 33,5 casos a cada 100 mil habitantes, ante 43,4 casos em 2004.
Um dos sintomas mais frequentes é a tosse crônica, que pode ou não ser acompanhada de catarro. Geralmente tem duração maior que três semanas e é acompanhada de perda de peso e apetite, febre, fraqueza e desânimo para as atividades cotidianas – nem sempre todos eles aparecem juntos.
A doença é causada por um germe chamado Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch, é contagiosa e afeta principalmente os pulmões. Em alguns casos, pode acometer outros órgãos como rins, ossos e cérebro. “Por meio da tosse, ou mesmo ao falar, partículas de aerossol contendo o bacilo são eliminadas no ar e atingem as pessoas mais próximas, principalmente em ambientes fechados e com pouca ventilação”, explica a médica.
De acordo com a pneumologista, os medicamentos hoje disponíveis se mostram eficazes. O tratamento padrão tem duração média de seis meses, com exceção da forma meningoencefálica, cuja duração é de nove meses.