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Dia Mundial da Saúde é comemorado no Hospital Anchieta

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Nesta quinta-feira (7), é comemorado o Dia Mundial da Saúde, promovido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Este ano, a data terá como foco o Diabetes. Para comemorar esta data e alertar a comunidade, o Hospital Anchieta, em Taguatinga (DF), realizará uma Feira de Saúde, com teste de glicemia; aferição de pressão arterial; cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC); orientações nutricionais, pediátricas e informações sobre câncer de mama. Haverá distribuição de cartão com dicas de alimentação saudável.

Além disto, acontecerá o Talk Show “Saúde em Dia com Mônica Nóbrega”. O bate-papo contará com a participação do Endocrinologista e Pediatra Delmir Rodrigues e da nutricionista Lidiane Bragança. Os especialistas estarão disponíveis para tirar dúvidas da comunidade.

A doença é causada pelo aumento da taxa de glicose (açúcar) no sangue. “Quando a pessoa tem diabetes, o organismo não fabrica um hormônio chamado insulina ou não consegue utilizar a glicose adequadamente. O nível de glicose no sangue fica alto e ocorre a famosa hiperglicemia. Se esse quadro permanecer por longos períodos, poderá haver danos em órgãos, vasos sanguíneos e nervos”, alerta o Endocrinologista e Nutrologista Pediátrico e do Adolescente do Hospital Anchieta, Delmir Rodrigues.

Existem dois tipos mais frequentes de diabetes. “Diabetes melito tipo 1 (DM1), causado pela produção inadequada de insulina pelo pâncreas. Diabetes melito tipo 2 (DM2) que é associado principalmente à obesidade e sedentarismo, onde a insulina é produzida pelo pâncreas, porém não consegue exercer seu metabolismo adequado”, afirma o especialista.

Outros tipos: o gestacional é um problema que surge durante a gravidez. A mulher fica com uma quantidade maior que o normal de açúcar no sangue. É uma condição que quase sempre se normaliza sozinha depois que o bebê nasce. O neonatal é usualmente descoberta depois do aparecimento dos sinais clássicos – glicosúria, desidratação, dificuldade de sucção e cetoacidose nos primeiros seis meses de vida. Uma vez iniciado o tratamento, a insulina pode ser retirada poucos meses depois. O tipo MODY (sigla para Maturity Onset Diabetes of the Young – diabetes juvenil de início tardio) é caracterizado pela produção ou ação prejudicada da insulina, decorrente de mutações em apenas um de uma série de possíveis genes. Ou seja, há uma lista de genes que, quando sofrem mutações, resultam em ação menos eficiente da insulina.

Sintomas: No DM1 a pessoa tem vontade de urinar diversas vezes, fome frequente, sede constante, perda de peso, fraqueza, fadiga, nervosismo, mudanças de humor, náuseas e vômitos. O DM2 causa infecções frequentes, alteração visual (visão embaçada), dificuldade na cicatrização de feridas, formigamento nos pés e/ou furúnculos.

Diagnóstico: “Avaliação da glicemia capilar ou pela dosagem do sangue após jejum. Em alguns casos é necessário um exame com preparo, chamado de teste de tolerância oral à glicose”, explica o endocrinologista Delmir Rodrigues.

Tratamento: No DM1 é necessária a reposição de insulina. No DM2 utiliza-se comprimidos chamados de hipoglicemiantes orais ou que auxiliam no metabolismo do organismo. Em situações específicas, pode-se utilizar insulina no DM2. Em ambos é necessário controle da dieta e combate ao sedentarismo, com prática de atividade física diária.

Fatores de risco: Sabe-se no DM1 que há uma influência genética – ter um parente próximo com a doença aumenta consideravelmente as chances de ter também, mas ainda não há pesquisa conclusivas sobre os fatores de risco para o Diabetes Tipo 1. “No DM2 deve-se ficar atendo para: ter diagnóstico de pré-diabetes – diminuição da tolerância à glicose ou glicose de jejum alterada; ter pressão alta; colesterol alto ou alterações na taxa de triglicérides no sangue; estar acima do peso, principalmente se a gordura estiver concentrada em volta da cintura; ter um pai ou irmão com diabetes; ter alguma outra condição de saúde que pode estar associada ao diabetes, como a doença renal crônica; ter bebê com peso superior a quatro quilos ou desenvolver diabetes gestacional; ter síndrome de ovários policísticos; ter diagnóstico de alguns distúrbios psiquiátricos, como esquizofrenia, depressão, transtorno bipolar; ter apneia do sono ou receber prescrição de medicamentos da classe dos corticoides, utilizando-os de forma crônica”, adverte o médico.

Apesar de ser uma doença metabólica crônica, que não tem cura, o tratamento permite controle dos níveis de glicose, evitando-se complicações. Para prevenir, é necessário ter hábito de vida saudável, mantendo uma boa alimentação e prática habitual de atividades físicas. A dieta do diabético deve ser equilibrada, composta de todos os nutrientes que o organismo necessita para conservar seu crescimento e imunidade adequados. Evitar exageros alimentares e dietas milagrosas, que na maioria das vezes causam danos, que podem ser irreversíveis ao organismo.


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