Os gestores municipais têm autonomia para definir a melhor estratégia para a Campanha de Vacinação contra a Influenza em seus territórios. A informação é da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), seguindo orientação do Ministério da Saúde. Com isso, cada município goiano tem a liberdade de realizar ou não o Dia D da campanha, com previsão inicial para esse sábado (30).
“Como o Estado antecipou a campanha de vacinação para o mês de abril, grande quantitativo da população-alvo já foi vacinada, por isso cada prefeitura vai avaliar, conhecendo a realidade da região, se realizará o Dia D”, reitera a superintendente de Vigilância em Saúde Maria Cecília Brito. Essa informação foi repassada para os municípios em reunião do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado de Goiás (Cosems-Go), realizado na manhã da última quinta-feira, (28), em Goiânia. Segundo a superintendente, também haverá produção de nota técnica sobre o assunto, que será enviado aos gestores municipais.
Desde 1º de abril deste ano, o Ministério da Saúde está enviando aos estados doses da vacina contra a influenza de forma parcelada. Goiás recebeu, até o momento, quatro remessas, totalizando 950.210 doses. A mais recente remessa chegou, na terça-feira (26), com mais 260 mil doses da vacina, o que corresponde a mais 17% da meta. Essas doses já começaram a ser distribuídas na quarta-feira (27) para as regionais de Saúde, responsáveis por entregar aos municípios. O restante das vacinas (550 mil doses) serão enviadas até o encerramento da campanha, em 20 de maio.
Maria Cecília destacou a necessidade das secretarias municipais de Saúde informarem quantas doses foram aplicadas. Até agora, 92 municípios não enviaram nenhum dado sobre as vacinas já utilizadas. “Precisamos que os municípios repassem a quantidade de doses aplicadas para o Estado realizar o monitoramento real das necessidades da população. Essas informações são importantes também para, caso exista a necessidade, pedirmos doses suplementares da vacina e ainda do medicamento de combate a doença”, afirma.
Grupo prioritário
São integrantes do grupo alvo, pessoas a partir de 60 anos, crianças de seis meses a menores de cinco anos (quatro anos, 11 meses e 29 dias), trabalhadores de saúde, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), pessoas privadas de liberdade – o que inclui adolescentes e jovens de 12 a 21 anos em medidas socioeducativas –, e os funcionários do sistema prisional. Os portadores de doenças crônicas não transmissíveis, que inclui pessoas com deficiências específicas, também devem se vacinar. Em Goiás, o público-alvo é estimado em 1,5 milhão de pessoas.
A escolha dos grupos prioritários segue recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS). Essa definição também é respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.