O governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o secretário de Estado da Saúde, David Uip, estiveram na quinta-feira (23) em São José do Rio Preto (SP) para acompanharem o início dos testes finais em humanos da primeira vacina brasileira da dengue. Os ensaios clínicos em Rio Preto serão conduzidos pela Famerp/Funfarme (Fundação Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio Preto), com o apoio da Secretaria de Saúde do município.
“A comunidade da Famerp /Funfarme está muito feliz por desempenhar papel tão importante deste estudo que beneficiará não só a população brasileira, mas a de países onde há a dengue. É mais uma demonstração do reconhecimento por parte do governo do Estado e da sociedade em relação à eficiência e a seriedade com que nossa instituição conduz pesquisas e oferece saúde à população”, declarou o diretor-executivo da Funfarme, Dr. Horácio José Ramalho.
Dr. Dulcimar Donizeti de Souza, diretor geral da Famerp, explica que a faculdade foi convidada a participar dos testes por conta da expertise na área de dengue. “Esse estudo fortalece a atuação da faculdade em pesquisas importantes e reconhecidas nacionalmente. Para nós, é muito importante fazer parte de um estudo histórico como esse”, finaliza.
Para Dr. Mauricio Lacerda Nogueira, chefe do Laboratório de Virologia da Famerp e pesquisador principal do estudo em Rio Preto, conduzi-lo “será uma grande oportunidade de crescimento científico para a faculdade”.
A primeira vacina brasileira da dengue foi desenvolvida pelo Instituto Butantan, cujo diretor, Dr. Jorge Kalil, também esteve presente à cerimônia em Rio Preto.
Cerca de 1.200 rio-pretenses devem participar do estudo, que integra a terceira e última etapa antes de a vacina ser submetida à aprovação da Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária para que possa ser produzida em larga escala pelo Butatan e disponibilizada para campanhas de imunização em massa na rede pública de saúde em todo o Brasil.
A Famerp Funfarme é a segunda de 14 instituições brasileiras credenciadas pelo Butatan para iniciar os estudos da terceira e última fase de testes, que envolverão 17 mil pessoas, em 13 cidades, nas cinco regiões do país. A primeira instituição foi o Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
São convidadas a participar do estudo pessoas saudáveis, que já tiveram ou não a doença em algum momento da vida e que se enquadrem em três faixas etárias: 2 a 6 anos, 7 a 17 anos e 18 a 59 anos. Os participantes serão acompanhados por uma equipe médica pelo período de cinco anos para verificar a duração da proteção oferecida pela vacina.