Os médicos residentes do Hospital Municipal Maternidade Escola de Vila Nova Cachoeirinha aderiram, na quinta-feira (20), à paralisação iniciada pelos residentes clínicos de pediatria do Hospital Municipal Infantil Menino Jesus, iniciada no dia 13 pelo cumprimento do acordo no final de 2015, para reajuste das bolsas.
A Portaria Municipal 1904/2016-SSM.G, para o reajuste do valor da bolsa, foi publicada dia 20/10 com efeitos a partir de novembro, mas a Secretaria Municipal de Saúde ainda não definiu o pagamento dos retroativos dos oito meses a partir de março/16, conforme definido na Portaria Interministerial n° 3, de 16 de março de 2016.
“Outros hospitais Municipais estão se mobilizando e articulando manifestações. São inúmeras as consultas que recebemos por e-mail e Whatsapp sobre o andamento das negociações”, informa Flávio Taniguchi, presidente da Associação dos Médicos Residentes (AMERESP).
Governo do Estado
Os residentes que recebem as bolsas de responsabilidade da Secretaria de Saúde do Governo do Estado de São Paulo ainda nem tiveram o aumento em suas bolsas, informa a AMERESP.
“A situação dos residentes que recebem pelo Estado de São Paulo ainda continua sem definição, pois estes nem tiveram o reajuste, o que deve motivar novas adesões” informa Guilherme Andrade Peixoto, diretor da AMERESP e Diretor da Associação dos Médicos Residentes da Faculdade de Medicina do ABC, pois a entidade tem sido procurada para esclarecimentos e orientações das formalidades necessárias para que as paralisações ocorram.
Aqueles cujas bolsas são pagas pelo Ministério da Educação e Ministério da Saúde estão recebendo os valores corrigidos, conforme acordados no final do ano passado, com os valores a partir de março.
A Portaria Interministerial n° 3, de 16 de março de 2016, que determinou o pagamento de um aumento de 11,9% a partir do mês de março, foi a formalização do acordo feito no final de 2015 e a conquista do reajuste foi produto do Movimento Nacional de Valorização da Residência, que envolveu residentes de todo país durante a paralisação do final de 2015 que durou 14 dias e que batalhou por outras oito pautas tão importantes quanto a questão do reajuste.