Desde que os casos de febre amarela começaram a aumentar, a preocupação com a doença e a busca por vacinas cresceram. A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus, que pode levar à morte em cerca de uma semana se não for tratada rapidamente. O vírus é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infectados e não há transmissão direta de uma pessoa para outra.
Segundo a Dra. Célia Beltrão, infectologista do Grupo Hospitalar Vida´s, de São Paulo (SP), o surto que está acontecendo é silvestre, e a melhor forma de evitar a doença é evitando entrar em áreas de risco. “O alerta é especialmente para as pessoas que moram nas áreas afetadas, ou vão viajar para esses locais. Apesar da vacina ter eficácia após 10 dias de ser administrada é a primeira recomendação para se proteger e se tornar imune”, afirma a infectologista.
Os sintomas iniciais da doença inclui febre de início súbito, calafrios, dor de cabeça, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. Em casos graves, a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia e, eventualmente, insuficiência de órgãos. O período em que o vírus irá se manifestar no homem varia de três a seis dias após a picada do mosquito infectado, podendo se estender para até 15 dias. A maioria das pessoas apresentam melhora após os sintomas iniciais. Porém, a febre amarela pode levar à morte em cerca de uma semana, se não for tratada rapidamente.
Segundo informações do Ministério da Saúde, desde o inicio do surto, em dezembro de 2016, já foram notificados 1.230 casos, sendo que 890 estão em investigação, 234 confirmados e 106 descartados. Em relação aos óbitos, são 197 casos, sendo 80 confirmados e 115 em investigação e apenas 2 descartados. Até o momento são seis estados em situação epidemiológica, são eles Minas Gerais, Espiríto Santo, Bahia, São Paulo, Rio Grande do Norte e Tocantins.
Já foram enviadas aos estados 12,5 milhões de doses da vacina contra a Febre Amarela.