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Cirurgia metabólica é aliada no tratamento contra o diabetes

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O diabetes vem crescendo muito em todo o mundo, gerando uma preocupação e busca de soluções para combater o avanço da doença. O fato é que a cirurgia metabólica vem sendo considerada uma opção para os pacientes que não conseguem controlar a glicemia elevada apenas com os tratamentos convencionais.

Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), ultimamente, diversas linhas de pesquisa têm analisado o papel da cirurgia bariátrica ou metabólica para o controle eficaz do diabetes. Em todo o mundo diversos estudos e pesquisas científicas comprovam que a intervenção cirúrgica é uma opção real e efetiva para controlar o diabetes descompensado.

Tecnicamente similar aos procedimentos da cirurgia bariátrica, a cirurgia metabólica possui o objetivo específico de tratar e controlar síndromes metabólicas.

“A cirurgia metabólica é considerada hoje uma aliada no combate ao diabetes tipo 2 não controlado clinicamente. E sua eficácia foi discutida e incluída numa diretriz de conduta, aprovada por 49 Sociedades Médicas, dentre elas a SBCBM e a Sociedade Brasileira de Diabetes. É fato que um número considerável dos pacientes com diabetes tipo 2, mesmo com o melhor tratamento clínico, não tem sua doença controlada”, informa Dr. João Caetano Marchesini, atual presidente da SBCBM.

Diante desse posicionamento, a SBCBM  considera importante esclarecer que:

a) Toda intervenção médica, incluindo clínicas e cirúrgicas tem seus riscos e benefícios, podendo ocorrer complicações graves e mesmo desfechos fatais. As operações bariátricas têm índices de mortalidade de 0,3%, semelhante a uma simples retirada da vesícula biliar ou cesariana, o que se traduz em muita segurança.

b) Existem mais de 30 importantes publicações que demonstraram decréscimo de eventos cardiovasculares com ou sem morte (derrames e infarto) e diminuição da incidência de câncer com até 25 anos de seguimento após cirurgias bariátricas/metabólicas.

c) Somente dois estudos de relevância demonstraram diminuição de mortes de causas cardíaca com tratamento medicamentoso. Temos que lembrar que estas drogas podem apresentar efeitos colaterais severos como câncer de tireoide, pancreatite, cetoacidose de difícil reversão dentre outras, além de mortalidade, situações inerentes aos tratamentos médicos em geral.

d) Existem diversos estudos que compararam cirurgia metabólica versus o melhor tratamento clínico em pacientes com IMC desde 27,5 kg/m2 com até cinco anos de seguimento. Nestes estudos foram demonstrados melhores resultados com a cirurgia acrescida de tratamento clínico e diminuição importante dos índices de risco cardiovascular. Também nas publicações científicas há incontáveis séries prospectivas, nacionais e internacionais, em que se obteve excelentes resultados relativos ao controle do diabetes e perda de peso com poucas complicações.

e) A transposição ileal é ainda considerada um procedimento experimental pelo CFM. Existem estudos em andamento para validá-la, porém, até lá não deve ser considerada opção terapêutica em qualquer IMC.

f) Entendemos ser inegável a melhora dos resultados com as novas opções de medicamentos, mesmo com seus riscos, mas é inquestionável atualmente que a cirurgia metabólica, associado ao tratamento clínico melhora consideravelmente os resultados.

g) A SBCBM, em conjunto com o Colégio Brasileiro de Cirurgiões e Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva está auxiliando o CFM trazendo evidências científicas para promover o melhor para os pacientes. Afinal, o órgão traz um belo histórico de luta em prol dos interesses da saúde e do bem estar do povo brasileiro, sempre voltado para a adoção de políticas de saúde dignas e competentes, que alcancem a sociedade indiscriminadamente.

Aumento de cirurgias bariátricas no país

Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), o número de cirurgias bariátricas no Brasil aumentou 7,5% em 2016 em comparação com o ano de 2015. Os dados e apontam que, no ano passado, cerca de 100.512 pessoas fizeram a cirurgia, contra 93.500 em 2015. O Brasil é considerado o segundo país do mundo em número de cirurgias realizadas e as mulheres representam 76% dos pacientes.

Para o Presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, Dr. João Caetano Marchesini, o aumento no número de procedimentos pode estar relacionado ao crescimento da obesidade no Brasil e também com as novas regras do CFM – Conselho Federal de Medicina para realização de cirurgia bariátrica, como a redução do IMC e a idade mínima para a realização da cirurgia.


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