A Campanha Novembro Azul intensifica neste mês a prevenção e o tratamento da saúde do homem, em especial contra o câncer de próstata. Em 17 de novembro é comemorado o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata, segundo que mais mata homens no Brasil. No geral, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens.
A ação, que atualmente é comemorada em todo o mundo, teve início na Austrália, onde leva o nome de Movember – junção das palavras moustache (bigode, em inglês) e november (novembro).
As instituições brasileiras estão engajadas na causa! Confira notícias abaixo:
Avanços em testes genéticos para o diagnóstico de síndromes de predisposição hereditária ao câncer propiciam melhor seleção de homens para o rastreamento do câncer de próstata
“Novembro Azul” é uma campanha de conscientização, realizada por diversas entidades no mês de novembro, sendo dirigida à sociedade e, em especial, aos homens, para a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de próstata.
O câncer de próstata é o câncer mais comum e a segunda maior causa de morte por câncer nos homens. Conforme informações da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 1.201.619 novos casos e 335.643 óbitos são previstos no mundo pela doença, o que corresponde ao aumento em relação ao ano de 2012 de 9,7% e 9,2%, respectivamente.
No Brasil, a estimativa para este ano é de 61.200 casos novos e cerca de 13.772 óbitos (Segundo tumor que mais mata os homens. O primeiro é o câncer de pulmão). É o câncer mais comum no Brasil (excluindo-se os cânceres de pele) e representa cerca de 4 em cada 10 cânceres que atingem a população masculina brasileira com mais de 50 anos de idade.
Segundo o oncologista, coordenador do Serviço de Oncologia do Hospital das Clínicas da UFMG e diretor clínico da Personal – Oncologia de Precisão e Personalizada, André Márcio Murad, os principais indicadores de um estágio avançado do câncer de próstata são os problemas para urinar, sensação de que a bexiga não se esvazia completamente e sangue na urina. Dores ósseas, principalmente nas costas, sugerem a presença de metástases, fase em que a doença já é incurável. “O diagnóstico sempre deve ser obtido antes que os sintomas surjam, para que o tratamento tenha altas chances de cura”, explica.
Vários estudos sugerem que maus hábitos alimentares, como uma dieta rica em gordura e proteína de origem animal, alimentos industrializados, enlatados, adocicados e embutidos artificialmente conservados elevam os índices de substâncias potencialmente cancerígenas no organismo, como a nitrosamina e o IGF, que é um fator similar à insulina, com propriedades estimuladoras do crescimento de células tumorais. A obesidade e o sedentarismo igualmente aumentam os riscos. Portanto, uma dieta saudável, rica em verduras, legumes, frutas, grãos e peixes, além da prática regular de atividades físicas e manutenção do peso ideal, seriam as principais medidas preventivas.
De acordo com o médico André Murad, não existe consenso entre as organizações de saúde a respeito do rastreamento do câncer de próstata, como o que utiliza as dosagens periódicas do PSA (antígeno prostático específico) e a realização do toque retal. Aquelas contrárias argumentam que não existem evidências conclusivas de que a detecção precoce tenha influência na mortalidade específica pelo tumor, além do fato de pacientes em rastreamento, estarem expostos às complicações e aos efeitos colaterais de um possível tratamento cirúrgico ou radioterápico desnecessário. Aquelas a favor da prática argumentam que existem evidências de que o rastreamento é responsável pelo declínio da mortalidade em determinadas áreas. As Sociedades de Urologia Americana, Europeia e Brasileira indicam o rastreamento, baseadas em estudos randomizados de grande porte e longo seguimento.
O rastreamento universal de toda a população masculina (sem considerar idade, raça e histórico familiar) não parece ser a melhor abordagem. “Apesar de associado ao diagnóstico precoce e diminuição da mortalidade, pode trazer malefícios a muitos homens, como cirurgia ou radioterapia desnecessárias, com todos as suas complicações inerentes a estes procedimentos, como a incontinência urinária e a disfunção erétil”, ressalta, André Murad.
Em outubro de 2011, o US Preventive Services Task Force (USPSTF) publicou uma modificação de suas recomendações para o rastreamento em câncer de próstata, sugerindo a sua não realização pelo menos de forma indistinta, para todos os homens. Por isso, a recomendação atual é a de se individualizar a abordagem, realizando-a apenas em homens considerados como de alto risco para desenvolver a doença. Embora indivíduos obesos e de descendência africana tenham maior risco de desenvolver o câncer de próstata, hoje, através dos mais recentes estudos genéticos sobre a doença, sabemos que o principal fator de risco é o hereditário e ocorre devido a mutações herdadas em genes como o BRCA-1 e o BRCA-2 (menos frequentemente o ATM e o RAD5).
Estudos de grande porte demonstram que o câncer de próstata hereditário é responsável por até 57% dos casos e tendem a ser mais agressivos e a surgir em idade mais jovem (abaixo dos 50 anos). O risco de câncer de próstata é 4 vezes maior nos portadores de mutação no gene BRCA-1 e 9 vezes maior nos portadores de mutação do gene BRCA-2. As mutações destes genes aumentam também o risco de cânceres de mama (inclusive nos homens), ovário, pâncreas e pele (melanoma).
As técnicas mais modernas de sequenciamento genômico tem tornado estes exames cada vez mais precisos e acessíveis, inclusive com custos menores e a possibilidade de realização de painéis com múltiplos genes ao mesmo tempo. O exame é feito com material da saliva ou sangue.
Recomenda-se a pesquisa destas mutações quando houver histórico de câncer de próstata com escala de Gleason maior ou igual a 7 (esta classificação é feita em função das características celulares e histológicas que constituem o tumor, de acordo com seu grau de agressividade: Gleason igual ou maior que 7 corresponde a tumores de agressividade alta ou intermediária) e mais as seguintes situações: 1) pelo menos um parente de primeiro grau com histórico de câncer de mama, ovário ou próstata com diagnóstico feito em idade abaixo dos 51 anos, 2) pelo menos 2 parentes com histórico de cânceres de mama, ovário ou próstata em qualquer idade.
Para Murad, o ideal é que se faça o teste genético primeiramente em um paciente que teve o câncer. Uma vez detectada uma mutação específica, esta alteração deve ser também pesquisada nos familiares consanguíneos, visando o planejamento de um rastreamento ativo com dosagens seriadas de PSA e mesmo outros exames para a detecção precoce também dos demais tumores que compõem a síndrome, com início idealmente em idade abaixo dos 40 anos (recomenda-se o início do rastreamento na idade 5 anos, abaixo daquela em que foi diagnosticado o câncer no familiar cujo diagnóstico ocorreu em idade mais jovem). “Todas estas condutas e exames, bem como o aconselhamento genético pré e pós testes devem ser realizados por especialistas com larga experiência em Oncogenética”, finaliza o oncologista André Murad.
Novembro Azul chama atenção dos homens para a prevenção e diagnóstico precoce do câncer de próstata
Campanha criada em 2003, reforça a importância dos exames periódicos para a manutenção da saúde e combate à doença
O mês de novembro é internacionalmente dedicado às ações relacionadas ao câncer de próstata e à saúde do homem. Graças à campanha Novembro Azul, o período tem se tornado um importante objeto de conscientização. A mobilização surgiu na Austrália utilizando as comemorações do Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata, celebrado no dia 17, como mote. O objetivo é chamar a atenção da sociedade para os problemas e doenças que podem atingir a saúde masculina, além de quebrar o preconceito masculino de ir ao médico e realizar o tão famigerado exame de toque.
O câncer de próstata é uma das doenças que mais atingem os homens a partir dos 50 anos. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), ele já é a segunda maior causa de morte por câncer na população masculina, superado apenas pelo de pulmão. Ainda segundo o órgão, a estimativa de novos casos da doença em 2016 e 2017 é de 61.200, totalizando 28,6% do total de cânceres previstos para os homens. O urologista Guilherme Maia, do IMIP e Hospital Santa Joana Recife, ressalta que o perigo é que ele não apresenta sintomas até que alcance um nível avançado. Quando isso acontece, os sinais mais comuns são dores lombares, dor na bacia ou joelhos, problemas de ereção e sangramento pela uretra. O diagnóstico é realizado através do exame de toque retal, dosagem do antígeno prostático específico, chamado PSA, e exames de imagem. “Entre os exames de imagem estariam a ultrassonografia, por via transabdominal ou transretal, e a Ressonância Magnética. Geralmente inicia-se os exames rotineiramente a partir dos 50 anos, sendo uma avaliação anual”, afirma o médico radiologista da Lucilo Maranhão Diagnósticos, Dr Lucilo Maranhão Neto.
Quando identificado, o câncer pode ser tratado através da Prostatectomia radical (remoção completa da próstata), Radioterapia externa e Braquiterapia (técnica de radioterapia através de pequenas “sementes” que liberam os raios no interior da próstata). “No quesito cirurgia, a mais indicada é a robótica, realizada com o robô Da Vinci SI. Os braços mecânicos dele reproduzem os movimentos das mãos humanas com corte mais preciso, sem tremor e visão tridimensional bastante ampliada”, explica o urologista Guilherme Maia. Além disso, graças às pequenas incisões no corpo, o tempo de recuperação no pós-operatório é muito menor e o paciente fica menos tempo no hospital. Ele recebe alta em até 48h e já pode voltar às atividades normais por volta do décimo dia após a cirurgia. Sem falar que sangra menos, a recuperação da função erétil é muito superior e a continência urinária retorna mais rapidamente em quase todos os pacientes, quando comparado com as técnicas convencionais.
Prevenção – O melhor modo de prevenir o aparecimento do câncer de próstata é realizar o exame de toque retal e PSA periodicamente de acordo com a orientação do médico. Além disso, manter uma alimentação saudável, não fumar e praticar atividades físicas contribui para a melhoria da saúde como um todo.
Um homem morre a cada 38 minutos em decorrência do câncer de próstata
Prevenção e diagnóstico precoce são fundamentais para reduzir a número de casos do câncer mais incidente entre a população masculina brasileira
A cada 38 minutos um homem morre no Brasil vítima do câncer de próstata, segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). Isso significa 13,7 mil óbitos por ano. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, aproximadamente 61 mil novos casos da doença são esperados no país em 2017. Cerca de 20% dos casos de câncer de próstata são diagnosticados em estágio avançado e 25% dos pacientes morrem em decorrência da doença. Durante o mês de novembro, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz, de São Paulo (SP), adere à campanha Novembro Azul, período do ano dedicado à prevenção e à redução da mortalidade provocada pela patologia. A fachada da Unidade Paulista estará iluminada de azul durante todo o mês.
A maioria dos casos é diagnosticada em homens com mais de 65 anos, sendo que menos de 1% dos tumores é verificado na população abaixo dos 40 anos. De acordo com o Dr. Ariel Galapo Kann, médico do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a identificação de pacientes com risco de desenvolverem câncer de próstata de forma mais agressiva pode ajudar a definir a indicação e as condutas terapêuticas.
O especialista diz ainda que a partir dos 50 anos os homens devem procurar seu médico de confiança e realizar o rastreamento do câncer de próstata por meio dos exames de toque retal associado ao exame da dosagem do antígeno prostático específico (PSA, na sigla em inglês) no sangue. Nos casos suspeitos, é indicada a realização da biópsia prostática. Estudos mostram que homens da raça negra têm risco 60% maior de desenvolver a doença e a mortalidade nesta população é três vezes maior que em homens brancos e amarelos. A hereditariedade é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de próstata. Homens cujos parentes de primeiro grau (pai ou irmãos) diagnosticados com câncer de próstata têm o dobro de chances de terem a doença. Portanto, homens negros e aqueles com histórico familiar devem começar o rastreamento aos 40 anos.
A importância do diagnóstico precoce tem relação direta com a eficácia da terapêutica e depende, principalmente do tamanho e da localização do tumor. De acordo com o Dr. Carlo Passerotti, um dos médicos com maior casuística em cirurgia robótica do País e coordenador do Centro de Cirurgia Robótica e Instituto da Próstata do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, as cirurgias da próstata podem ser realizadas de diversas maneiras, inclusive por meio da cirurgia robótica. O procedimento é realizado com o auxílio de um robô que permite ao cirurgião ter uma visão ampliada e em três dimensões da próstata e consequentemente do tumor. A incisão realizada também é menor quando comparada a cirurgia convencional, proporcionando posteriormente mais qualidade de vida para o paciente.
Segundo o Dr. Rodrigo Hanriot, coordenador do serviço de radioterapia do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, entre os tratamentos mais recentes está o hipofracionamento da próstata. Trata-se do emprego de uma tecnologia de radioterapia – a de intensidade modulada ou IMRT – para redução do tempo total de tratamento irradiante. Com isso, o que antes era feito em 40 dias pode ser realizado em 28 ou mesmo em somente 20 dias úteis, oferecendo ao paciente a mesma segurança. Para tratar os casos avançados de câncer de próstata são utilizados hormonioterapia, quimioterapia, radiofármacos de terapia alvo.
Referência em diagnóstico e tratamento
O Hospital Alemão Oswaldo Cruz oferece o que há de mais moderno e eficaz em termos de medicina diagnóstica e tratamento. A Instituição investe frequentemente na aquisição dos mais modernos equipamentos e no aprimoramento das suas instalações. O objetivo é oferecer as melhores ferramentas aos profissionais e um atendimento de qualidade aos pacientes. Conta também com uma equipe multidisciplinar onde o paciente tem à sua disposição médicos urologistas, oncologistas, radio-oncologistas, infectologistas, além de equipes de enfermagem, nutrição e psicólogos.
Câncer de próstata: Novembro Azul alerta para diagnóstico precoce
“Dois em cada dez pacientes com este câncer são diagnosticados em fases avançadas da doença, o que torna o tratamento mais difícil”, afirma urologista
Anualmente a campanha do Novembro Azul tem como objetivo informar a população sobre o que é o câncer de próstata. Um dos focos da mobilização mundial é incentivar os homens a manterem consultas de rotina com urologista. O especialista é capaz de realizar uma avaliação individualizada sobre o risco de desenvolvimento do câncer de próstata.
O câncer de próstata é a doença que mais acomete o homem (excetuando-se o câncer de pele não melanoma), e a segunda causa de morte por câncer na população masculina, atrás apenas do câncer de pulmão. No Brasil, anualmente, mais de 61 mil pacientes são diagnosticados com a doença.
“Infelizmente, hoje em dia dois em cada dez pacientes com câncer de próstata são diagnosticados em fases mais avançadas da doença, o que torna o tratamento mais difícil”, pondera o urologista Rafael Buta, da Aliança Instituto de Oncologia, localizado de Brasília.
Apesar da gravidade, a maioria das vezes a doença tem instalação e desenvolvimento lento. Nas fases iniciais o paciente não apresenta sintomas relacionados ao câncer de próstata, porém com o passar do tempo, o tumor cresce e pode ocasionar sangramentos, obstrução do jato urinário e dor na pelve. Em fases mais avançadas, as células malignas podem espalhar-se pelo corpo, causando lesões nos ossos, pulmões e outros órgãos.
De acordo com o médico, a principal forma de prevenir o câncer de próstata ainda é com detecção precoce da doença. Exames iniciais como dosagens do PSA (sigla em inglês para Antígeno Prostático Específico) e o exame físico da próstata são fundamentais. “Quando a próstata sofre algum dano, seja ele decorrente de inflamação, infecção, crescimento benigno ou surgimento de câncer, o PSA é detectado em valores mais altos no sangue”, exemplifica Rafael.
Caso o PSA e o exame físico estejam alterados, o urologista solicita uma biópsia da próstata. Nesse procedimento são retirados fragmentos da glândula e analisados pelo patologista. Somente assim é possível afirmar com certeza o diagnóstico de câncer de próstata.
A partir dos 50 anos todo homem deve consultar um urologista regularmente para uma avaliação individualizada. Por meio desta avaliação inicial, que inclui analise dos fatores de risco, o médico define a periodicidade de realização dos exames. Caso o paciente seja negro ou tenha parentes de primeiro grau com história de câncer de próstata, o indicado é que a avaliação seja iniciada aos 45 anos.
Einstein realiza palestra gratuita sobre câncer de próstata
O Hospital Israelita Albert Einstein promove no dia 7 de novembro um encontro com especialistas para falar sobre prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de próstata. Essa é uma entre as diferentes ações que o Hospital irá promover ao longo do “Novembro azul”.
O encontro será conduzido pelo urologista Arie Carneiro, o oncologista Oren Smaletz e pelo radio-oncologista Ícaro de Carvalho. No final da apresentação os participantes poderão fazer perguntas aos especialistas e esclarecer dúvidas.
O evento é gratuito e não necessita de inscrição.
Câncer: prevenção é o melhor caminho | Edição especial novembro azul
Data: 7 de novembro
Horário: 17h30 às 19h
Local: Avenida Albert Einstein, 627 | Bloco D | 3º andar | Auditório Kleinberger
Calçada da Fiesp fica azul para o combate de câncer de próstata
Segundo o INCA, anualmente são diagnosticados 61 mil novos casos de câncer de próstata no Brasil. E para destacar a importância da prevenção da doença, o ComSaude e o LAL realizam maratona de atividades
O Comitê da Cadeia Produtiva da Saúde e Biotecnologia (ComSaude) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) em parceria com Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL ) promovem um dia inteiro de eventos em pleno coração de São Paulo, em 1º de novembro), das 9h às 16h. A ideia é chamar atenção para o Novembro Azul e a importância da prevenção e conscientização sobre problemas de saúde masculina, como câncer de próstata e câncer de testículos.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), anualmente são diagnosticados 61 mil novos casos de câncer de próstata no Brasil, sendo o segundo tipo de câncer mais frequente em homens, atrás dos tumores de pele não-melanoma. O segundo câncer que mais mata no país.
Em 2016, 13 mil homens morreram vítimas da doença (uma morte a cada 40 segundos), índice que pode ser reduzido a partir da conscientização, pois já foi constatado que ao ser diagnosticada precocemente, tem 90% de chances de cura. Os sintomas do câncer de próstata podem demorar a se manifestar, o que torna os exames preventivos anda mais necessários, evitando sua descoberta em um estágio avançado e potencialmente fatal.
Por este motivo, ComSaude e o LAL montarão uma estrutura na calçada da Fiesp, em plena Avenida Paulista, com muitas atividades. No espaço +Saúde, médicos urologistas vão esclarecer dúvidas da população sobre prevenção ao câncer de próstata e enfermeiros irão aferir a pressão arterial.
Entre as atrações da campanha do Novembro Azul 2017 está a montagem de uma barbearia, com profissionais fazendo barba e bigode, show do grupo Dance Mais e atividades lúdicas promovidas pelos já conhecidos “bigodes” do LAL.
Doença e fatores de risco
Na fase inicial, o câncer de próstata não apresenta sintomas, e quando alguns sinais começam a aparecer, cerca de 95% dos tumores já estão em fase avançada, dificultando a cura. Nesta fase, os sintomas identificados são: dor óssea; sangue na urina e/ou no sêmen; vontade frequente de urinar e dor ao urinar. No entanto, alertam os médicos, a falta de sintomas não garante que o indivíduo não tenha a doença. Por isso, a recomendação para que sejam feitos os exames preventivos e os cuidados com a saúde em geral (alimentação; atividade física, entre outros).
Homens da raça negra têm maior incidência desse tipo de câncer, assim como aqueles com histórico familiar da doença (pai, irmão ou tio) e os que estão com excesso de peso. Por isso, a recomendação para que homens com idade acima de 45 anos que façam parte desses grupos de risco e os acima de 50 anos, sem esses fatores, devem ir anualmente ao urologista e fazer o exame de toque retal, que permite ao médico avaliar alterações da glândula, como seu endurecimento e a presença de nódulos suspeitos, além de fazer o exame de sangue PSA (antígeno prostático específico).
+Saúde
O “+Saúde – programa de prevenção e educação” é uma iniciativa do Comitê da Cadeia Produtiva da Saúde e Biotecnologia da Fiesp (ComSaude). Seu objetivo é promover campanhas de educação e conscientização com entidades ligadas ao Comitê, que têm como foco de suas atividades a atenção ao paciente.
O serviço de utilidade pública acontece todos os meses na calçada em frente à Fiesp. Durante o ano são trabalhados diferentes assuntos importantes relacionados à saúde que são pauta contínua de discussão, como o diabetes, hipertensão e doação de sangue e órgãos, por exemplo.
O +Saúde conta com a participação de parceiros voluntários, que representam instituições sem fins lucrativos, sociedades de profissionais da saúde, entidades setoriais, hospitais, profissionais da saúde e empresas do setor.
“Esta ação demonstra o compromisso da Fiesp com a saúde da população, priorizando a informação e a educação como formas de melhoria da saúde. O objetivo do ComSaude é fazer com que os domingos na Paulista sejam não só um espaço para o lazer, mas também um ambiente de orientação e conscientização do cidadão, que passa a entender que a prevenção é o melhor caminho para uma vida saudável”, explica Ruy Baumer, diretor-titular do ComSaude.
LAL
Instituto Lado a Lado pela Vida tem a missão de ampliar o acesso às novas tecnologias e humanizar a saúde de norte a sul do Brasil através do diálogo, do acolhimento e da promoção do bem-estar físico e emocional. Para isso, percorremos o país propagando a importância da prevenção, do autocuidado e da autoestima, levando para homens, mulheres e crianças essa conscientização de que a saúde é o nosso bem mais valioso e merece atenção especial.
O website da entidade traz uma área exclusiva com informações sobre as atividades programadas para o Novembro Azul. Além das ações já incluídas, outras surgiram motivadas por apoiadores e serão acrescentadas no site ao longo do mês.
Novo exame “vê” extensão do câncer de próstata antes de alterações anatômicas
Método utilizado em Medicina Nuclear detecta lesões mesmo com níveis baixos de PSA e permite tratamento mais eficaz
A tecnologia tem sido a grande aliada para a detecção precoce do câncer de próstata, doença que atinge 2 milhões de homens por ano no Brasil e a segunda que mais mata os brasileiros. Mote da Campanha Novembro Azul, o diagnóstico preciso aumenta de forma considerável as chances de cura da doença.
Uma novidade é a chegada no país de um exame que “vê” a extensão do câncer e possíveis metástases, antes mesmo dele provocar alterações anatômicas ou grande alterações nos níveis de PSA. Estruturas com aspecto normal, mas acometidas pela doença, também podem ser identificadas durante o exame.
Chamado PET/CT com PSMA, o exame reúne o PET/CT (Tomografia por Emissão de Pósitrons e Tomografia Computadorizada) com o PSMA – um traçador ativado que é captado pelas células cancerígenas.
“Este exame tem sido uma ferramenta indispensável para avaliar o avanço inicial da doença, a resposta ao tratamento, investigar reincidências e validar o uso de algumas terapias”, explica o médico nuclear e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear, George Barberio Coura Filho – responsável clínico da Dimen SP.
O especialista explica que a localização precisa do foco da doença é fundamental para escolher o tratamento certo. “Quando se descobre o local exato do câncer é possível tratar com métodos mais precisos, como cirurgia guiada e radioterapia. Sem esta localização, o tratamento pode não incluir áreas doentes, o que diminui sua eficácia expõe a efeitos colaterais desnecessariamente, e resulta em subtratamentos”, explica o especialista.
Medicina Nuclear
Ainda pouco conhecida pelos brasileiros, a especialidade analisa a anatomia dos órgãos e também seu funcionamento em tempo real, permitindo diagnósticos e tratamentos mais precoces e precisos. A prática atua na detecção de alterações das funções do organismo acometidos por cânceres, doenças do coração e problemas neurológicos, entre outros.
A medicina nuclear conta com exames de alta tecnologia, como o PET/CT é capaz de realizar um mapeamento metabólico do corpo e captar imagens anatômicas de altíssima resolução, com reconstrução tridimensional, localizando com exatidão nódulos, lesões tumorais e inúmeras outras condições clínicas e o SPECT/CT é a tecnologia de diagnóstico mais rápida, precisa e com menos radiação, que permite melhor localização anatômica dos achados de cintilografia, permitindo um procedimento mais preciso e menos invasivo.
I Prostate Day traz atualização científica sobre as doenças da próstata
Dando início às comemorações do Novembro Azul, evento inédito contou com palestras médicas sobre as doenças da próstata
Dando início ao Novembro Azul, movimento internacional criado para a conscientização sobre o câncer da próstata, aconteceu no último sábado, 28 de outubro, o I Prostate Day no Complexo Aché Cultural.
O evento reuniu 160 urologistas brasileiros e contou com a palestra do convidado norte-americano Dr. Stephen Freedland, um dos principais nomes do câncer de próstata na atualidade, diretor do Centro de Pesquisa Integrada em Câncer e Estilo de Vida e codiretor do Programa de Genética e Prevenção do Câncer no Instituto Samuel Oschin Cedars-Sinai, nos Estados Unidos.
Para os organizadores do evento, os urologistas Rogério Simonetti, Hudson de Lima e Rodolfo Borges dos Reis, “o Prostate Day é uma iniciativa diferenciada, pois aborda os temas a partir de um órgão específico, a próstata. Além de reunir os maiores especialistas do Brasil para difundir conhecimento, temos como objetivo alertar a população para a realização de exames periódicos que visam à detecção precoce do câncer e outras doenças da próstata”, explicam.
Dieta preventiva – Dr. Stephen Freedland
Atração principal do evento, Dr. Stephen Freedland trouxe aos participantes suas recentes pesquisas sobre a melhor dieta para a prevenção do câncer de próstata e outros cânceres. Segundo ele, há dados científicos que comprovam que uma dieta com baixa ingestão de carboidratos contribui para prevenir o desenvolvimento de quaisquer tipos de tumores. “Cada vez mais dados estão relacionando o açúcar com câncer”, diz o especialista. “É preciso cortar o consumo de balas, bolos, biscoitos e outras formas de açúcar em excesso, e segundo temos visto, a ingestão de carne não é prejudicial, desde que também sejam consumidas frutas e vegetais”, alerta.
Para Freedland, é importante que os animais se alimentem de produtos naturais em suas cadeias, como a gramínea, para o gado. “Quando eles ingerem alimentos naturais de seus habitats, e evitam o consumo de ração, a carne acaba tendo um valor nutricional maior para o ser humano”, explica. Freedland frisa que suas opiniões são derivadas da medicina baseada em evidências, pois somente por meio da análise dos dados é possível se formar uma opinião sem cair no “achismo”.
Além do Dr. Freedland, o evento contou com apresentações, debates de casos clínicos e discussões sobre técnicas de diagnóstico e cirúrgicas. O Aché, como empresa que viabilizou o evento, apoia a realização do I Prostate Day porque acredita que apresentar informações científicas atualizadas a médicos brasileiros é também uma forma de levar mais vida às pessoas.
Câncer de próstata é a neoplasia mais frequente no sexo masculino
Especialista explica que a idade é o principal fator de risco e que após os 50 anos a incidência é mais alta, em especial quando casos da doença na família podem se tornar um agravante para as próximas gerações
No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o tumor de próstata é o segundo mais comum entre homens, sendo responsável por cerca de 61.200 casos entre 2016 e 2017. Ao receberem o diagnóstico do câncer de próstata, muitos homens se questionam sobre as causas da doença e os possíveis tratamentos que podem ser seguidos. No começo, pelo fato dos sintomas serem silenciosos, o câncer de próstata é de difícil diagnóstico, já que a maioria dos pacientes apresentam indícios apenas nas fases mais avançadas da doença.
Segundo Dr. Andrey Soares, oncologista do Centro Paulista de Oncologia – CPO (Grupo Oncoclínicas), casos familiares de pai ou irmão com câncer de próstata, antes do 60 anos de idade, podem aumentar o risco em 3 a 10 vezes em relação à população em geral. “A neoplasia afeta somente os homens, já que é uma glândula que faz parte exclusivamente do aparelho reprodutor masculino. Parentes de primeiro grau com tumor de próstata, em idade jovem, e negros são fatores de risco. Em alguns casos, apesar de discutível, a má alimentação pode ser um fator que aumenta as chances da doença se desenvolver”, explica.
Quando aparentes, os primeiros sintomas que são detectados no câncer de próstata podem ser semelhantes ao crescimento benigno da glândula como dificuldade para urinar seguida de dor ou ardor, gotejamento prolongado no final, frequência urinária aumentada durante o dia ou à noite. Em fases mais avançadas da doença, é possível a presença de sangue no sêmen e impotência sexual, além de sintomas decorrentes da disseminação para outros órgãos, tal como dor óssea nos casos de metástases ósseas.
Por ser difícil de ser diagnosticado, é recomendável que homens a partir de 50 anos (e 45 anos para quem tem histórico da doença na família) façam o exame clínico (toque retal) e o PSA anualmente para rastrear o aparecimento da doença. O PSA é uma proteína especifica produzida pelas células da glândula (presente apenas em homens) e cuja taxa, em média, deve ser de quatro nanogramas por mililitro. Uma alteração deste valor para números mais elevados, um aumento muito rápido entre duas medidas, ou até mesmo valores menores, porém em pacientes jovens e com próstata pequena pode ser um indicativo do câncer e é importante aliado para a detecção da condição em sua fase inicial, quando ainda é assintomática.
Quando estas alterações aparecem e há uma suspeita da doença no organismo do homem, é indicada uma biópsia através de ultrassonografia transretal para a confirmação do diagnóstico.
Entenda os possíveis tratamentos da doença
O tratamento depende do estágio e da agressividade em que a doença se encontra. Eles devem ser projetados individualmente para cada paciente de acordo com o seu quadro clínico pessoal. No caso em que a doença se encontra no estágio inicial e com características de baixa agressividade, o acompanhamento vigilante com consultas e exames periódicos deve ser discutido com o paciente, uma vez que é possível poupar os mesmos de algumas toxicidades que o tratamento causa. Nos outros casos de doença localizada, a cirurgia, a radioterapia associadas ou não a bloqueio hormonal e a braquiterapia (também conhecida como radioterapia interna) pode ser realizada com boas taxas de cura. “Após realizarem a cirurgia, em alguns casos é necessário realizar o procedimento de radioterapia pós-operatória para a diminuição do risco de recaídas da neoplasia”, completa Dr. Andrey.
Quando os pacientes apresentam metástases, diversos tratamentos podem ser realizados com excelentes resultados como o bloqueio hormonal, a quimioterapia, novos medicamentos que controlam os hormônios por via oral e também uma nova classe de remédios que são conhecidas como radio isótopos, partículas que se ligam no osso e emitem doses pequenas de radioterapia nestes locais.
Como manter a fertilidade em pacientes oncológicos
Preservação dos gametas antes do início dos tratamentos de radio e quimioterapia garantem aos pacientes com câncer boas chances de gravidez futura
Os meses de outubro e novembro são dedicados ao combate do câncer de mama e de próstata e, diante disso, vêm à tona discussões sobre prevenção, tratamento e consequências dessas doenças. Uma questão importante nesse aspecto refere-se à fertilidade dos pacientes em tratamento, já que as drogas utilizadas na quimio e na radioterapia podem interferir na reserva ovariana ou na produção de espermatozóides pelos testículos, o que prejudica significamente as chances de gravidez.
Hoje em dia, graças à tecnologia e aos estudos cada vez mais avançados na área de reprodução assistida, pode-se dizer que é possível um paciente com câncer ter chances semelhantes de gestação as de alguém sem a doença, por meio da fertilização in vitro. “Isso é possível com a preservação dos gametas, seja pelo congelamento dos espermatozoides, seja pela indução da ovulação e aspiração dos óvulos, chamada criopreservação. Em qualquer um desses casos, é importante fazer antes do início do tratamento”, explica Dr. Ricardo Marinho, diretor clínico da Pró-Criar Medicina Reprodutiva.
Se há tempo suficiente para a coleta de material, a criorpreservação e congelamento do sêmen são as melhores alternativas. A coleta de óvulos pode demorar de duas a seis semanas. Já a coleta de esperma é mais rápida e simples, a menos que a ejaculação não seja possível. “Também existem medicamentos protetores para os ovários durante a quimioterapia, cuja eficácia é controversa, e também o congelamento de fragmentos do tecido ovariano para posterior retransplante, ainda em fase experimental”, ressalta Dr. Ricardo.
A chance da pessoa ficar estéril após o tratamento contra o câncer varia de 0 à 90%, de acordo com o tipo de remédio utilizada, a dosagem e o tempo de duração da medicação. Às vezes, o impacto na fertilidade pode ser transitório, com a volta espontânea da ovulação e da produção de espermatozoides. “É importante que a liberação para engravidar seja feita pelo oncologista responsável pelo paciente, geralmente é necessário esperar de 2 a 5 anos dependendo do tipo e da estabilização da doença”, conclui Dr. Ricardo.
Cinco sinais que podem indicar o câncer de próstata
Urologista elenca cinco sintomas que auxiliam os homens a identificar o câncer de próstata. Diagnóstico precoce pode evitar 50% dos casos fatais da doença
Em novembro, muitas pessoas são impactadas por campanhas de conscientização sobre o câncer de próstata. Porém, mesmo com o forte impacto dessas ações, recente pesquisa revela que a população desconhece informações importantes sobre a doença, o que é bastante prejudicial, conforme explica o Urologista do Hospital Santa Catarina, de São Paulo (SP), Dr. Reinaldo Uemoto: “50% dos casos fatais de câncer de próstata podem ser evitados se o tumor for diagnosticado precocemente”.
Os dados são um recorte do ‘Panorama sobre grau de informação, hábitos e atitudes do brasileiro em relação ao câncer’, divulgado em 24 de outubro de 2017 pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (Sboc) durante o XX Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica. O estudo revela que, embora tema o câncer, o brasileiro carece de informações sobre a doença.
A pesquisa entrevistou 1,5 mil pessoas em todo o país e 44% disseram ter conhecimento ‘mediano’ sobre o câncer, enquanto 31% afirmaram saber pouco sobre a doença. Por outro lado, 26% contaram entender profundamente o assunto. O total ultrapassa os 100% porque, segundo os pesquisadores, os números foram arredondados.
O câncer de próstata aparece como o segundo tipo mais lembrado pela pesquisa (90%), atrás apenas do de mama (94%). Pulmão (90%), pele (89%) e leucemia (87%) completam os cinco tipos mais lembrados.
O médico elenca cinco sintomas que auxiliam os homens a identificar o câncer de próstata e buscar ajuda médica. É importante destacar que, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), esse tipo é responsável por 28,6% dos novos casos anuais de câncer entre os homens:
- Levantar diversas vezes durante a noite para ir ao banheiro
- Insuficiência renal
- Dificuldades para urinar
- Jato urinário fraco
- Dor óssea
O médico ressalta, no entanto, “que esses sinais não indicam, necessariamente, que o paciente tenha câncer de próstata, mas mostram que o organismo não está bem e merecem atenção especial. Procurar um médico imediatamente é sempre o mais indicado”.
O exame de próstata é recomendado para homens acima de 50 anos. Entretanto, para alguns grupos de risco, é aconselhado realizá-lo a partir dos 45 anos de idade: aqueles com histórico familiar de câncer, obesos e pacientes negros, que têm maior incidência do que pessoas com a pele branca ou amarela.
Novembro Azul conscientiza homens para prevenção do câncer de próstata
Oncologista do Hospital do Câncer Anchieta alerta sobre os cuidados e formas de prevenir o problema
Novembro é o mês de conscientização em relação ao câncer de próstata. Segundo Instituto Nacional de Câncer (INCA), esta é a neoplasia mais prevalente nos brasileiros, superando, inclusive, o câncer de mama nas mulheres. Em 2016, por exemplo, foi estimado o surgimento de 61 mil novos casos no Brasil. No Distrito Federal, a incidência é de 60 casos para cada 100 mil habitantes, o que o torna o tumor mais prevalente dentre os homens no DF.
“Ainda existe muito preconceito por parte dos homens quanto a realização do exame de toque retal. Este exame é uma das maiores armas que temos para descobrir precocemente o câncer de próstata, alem de ser rápido, confiável e de baixo custo”, alerta o oncologista do Hospital do Câncer Anchieta, Marcos Vinícius Franca.
O que é?
A próstata é uma glândula localizada abaixo da bexiga e que envolve a uretra masculina. Na fase inicial da doença, muitos pacientes não apresentam nenhum sintoma ou, quando apresentam, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata: dificuldade de urinar, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite. Na fase avançada, o câncer pode provocar sangramento urinário importante, dores ósseas, inchaço no abdômen e nas pernas, podendo prejudicar o funcionamento de alguns órgãos como a bexiga, os rins e a parte final do intestino.
“O câncer de próstata é um crescimento desordenado do tecido prostático e estas células podem se desprender deste órgão e se espalharem para outros locais como ossos, os gânglios do abdômen, fígado e pulmão. A maioria dos cânceres de próstata não causa sintomas até que atinja um tamanho considerável. Por isso a importância de se buscar o urologista rotineiramente”, explica o especialista.
Tratamento
O tratamento depende do estágio da doença. Geralmente em estágios iniciais podem ser usadas tanto a radioterapia quanto a cirurgia. Em estágios mais avançados, o tratamento envolve uma combinação de tratamentos como manipulações hormonais, quimioterapia e radioterapia.
Cuidados
Para diminuir os riscos do câncer, os médicos aconselham que os pacientes mantenham uma dieta balanceada, rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais e com menos gordura, principalmente as de origem animal. Além de ter uma alimentação equilibrada, é indicado fazer pelo menos 30 minutos diários de atividade física, manter o peso adequado à altura, diminuir o consumo de álcool e não fumar.
“A recomendação é a realização do toque retal e a dosagem do PSA a todos os homens acima de 50 anos. Para aqueles com história familiar de câncer de próstata (pai ou irmão) antes dos 60 anos, os especialistas recomendam realizar esses exames a partir dos 45 anos”, informa França.
Novembro Azul (Movember)
A iniciativa surgiu na Austrália, em 2003, tendo como símbolo o bigode. Por isso, acabou ganhando o nome de “Movember“, a junção de “Mo” (gíria inglesa para bigode) e “November“. Em vários países, há reuniões entre os homens com o cultivo de bigodes, nas quais são debatidas, além do câncer de próstata, outras doenças como o câncer de testículos, depressão masculina, cultivo da saúde do homem e outros temas. Muitos homens cultivam os pelos durante 30 dias, com o objetivo de mostrar engajamento com a causa.
Grupo Luta Pela Vida e Hospital do Câncer se mobilizam em prol do Novembro Azul
Objetivo é conscientizar a população sobre a importância de exames preventivos e do diagnóstico precoce do câncer de próstata
Passado o “Outubro Rosa”, mês em que o assunto em evidência é o câncer de mama, agora as atenções se voltam para os homens, com a campanha ‘Novembro Azul’. O objetivo é a conscientização e diagnóstico precoce do câncer de próstata, o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma.
Mais uma vez o Grupo Luta Pela Vida, a ONG do Hospital do Câncer em Uberlândia (MG) se mobiliza para levar informações à sociedade. Os pesquisadores do Núcleo de Prevenção e Pesquisa de Câncer (NUPPEC) do Hospital do Câncer vão realizar palestras preventivas em diversas empresas da cidade, com o intuito de conscientizar os colaboradores, como o Senai, Arcom, Faculdade Uniube, UP e Sankhya.
Com as palestras, o Grupo Luta Pela Vida busca levar informações e orientações sobre o câncer de próstata, já que para esse tipo de tumor e outros tipos de câncer a prevenção e o diagnóstico precoce são essenciais. “O Câncer de próstata é uma doença silenciosa, apresentando sintomas apenas nos estágios mais avançados. Então, a melhor forma de prevenir é fazendo exames com urologistas”, afirma Dr. Eurípedes Barra, radiologista e diretor do Hospital do Câncer em Uberlândia. Além disso, ele explica que, apesar do tabu em torno do exame do toque, não há porque os homens terem medo, pois é um procedimento rápido e importante para ajudar no diagnóstico da doença. “O exame não dói, não deixa cicatriz nem sequelas e dura em torno de dois minutos”, explica Dr. Barra.
Além das orientações, o público também poderá literalmente vestir a camisa de apoio ao Novembro Azul. O Grupo Luta Pela Vida produziu uma camiseta promocional especial de apoio à causa, com slogan “Prevenir é a uma das melhores formas de lutar” no valor de R$ 30,00. Toda a renda alcançada com as vendas será direcionada para ajudar o Hospital. As camisetas podem ser adquiridas na loja do saguão do Hospital do Câncer, na Avenida Amazonas, 1996 e também no escritório do Grupo Luta Pela Vida, que fica na Rua Ivaldo Alves do Nascimento, 645, no Bairro Aparecida. As formas de pagamento podem ser feitas em dinheiro e no cartão (crédito e débito).
Conheça os direitos do INSS para homens com câncer de próstata
Cerca de 48 mil benefícios foram concedidos de 2008 a 2015 para segurados em tratamento, de acordo com dados da Previdência Social
O mês de novembro é marcado pelas campanhas de conscientização sobre o câncer de próstata, segunda maior causa de morte por câncer entre homens no Brasil. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), estima-se que mais de 61 mil novos casos foram diagnosticados no país em 2016. Além dos alertas direcionados para prevenção e diagnóstico, é preciso também informar pacientes diagnosticados com o tumor sobre direitos e benefícios, como os assegurados para contribuintes do INSS.
De 2008 a 2015 a Previdência Social pagou mais de R$ 58 milhões para pacientes em tratamento, o que totaliza cerca de 48 mil benefícios concedidos.
Auxílio-doença
Para os homens diagnosticados e impossibilitados de trabalhar temporariamente, o auxílio-doença é o benefício assegurado. “O auxílio-doença é garantido mensalmente ao segurado com câncer, desde que comprovada a impossibilidade de atuação na atividade profissional habitual. Para contribuintes individuais, como profissionais liberais e empresários, a Previdência Social também manterá o benefício por todo o período de incapacidade laborativa, desde que o mesmo requeira o benefício e realize os pedidos de prorrogação enquanto perdurar a incapacidade temporária”, explica Átila Abella, advogado especialista da plataforma Previdenciarista (previdenciarista.com).
Aposentadoria por invalidez
Já para os segurados que passam por graves cirurgias ou que ficam impossibilitados de trabalhar por outras consequências, de forma total e permanente, é possível a concessão de aposentadoria por invalidez. “Para ter direito ao benefício, o segurado precisa ter iniciado as contribuições antes da incapacidade laborativa ocorrer, tendo direito a aposentadoria por invalidez independentemente de ter realizado as 12 contribuições estabelecidas como regra geral, pois o câncer está dentre as doenças graves que dispensam o cumprimento da carência”, afirma o especialista.
Auxílio acompanhante (adicional de 25%)
Além dos benefícios acima, o segurado aposentado por invalidez que necessitar de assistência permanente de acompanhante pode solicitar também o adicional de 25% previsto na Lei nº 8.213/91, mesmo quando o valor da aposentadoria for de um salário mínimo ou até mesmo teto previdenciário.
Como fazer o requerimento do benefício
Para requerer benefício por incapacidade, o segurado precisará passar por um exame médico pericial no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Por ser um processo burocrático e delicado, levando em consideração todas as situações emocionais que cercam a pessoa diagnosticada com câncer de próstata, é sempre indicado contar com a ajuda de um profissional especializado.
Por meio do Previdenciarista – plataforma de conteúdo que auxilia a atualização do advogado previdenciário – é possível encontrar uma lista de advogados especializados em direito previdenciário que podem ajudar os procedimentos.
Câncer de próstata: a importância do diagnóstico precoce
Rede estadual do Rio de Janeiro conta com um centro especializado em Saúde do Homem
Mudaram-se o mês e a cor, mas o alerta sobre a importância do diagnóstico precoce continua. O Novembro Azul, internacionalmente dedicado às ações relacionadas de combate às doenças masculinas, reforça a preocupação aos casos de câncer de próstata, o segundo mais comum entre os homens. A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) disponibiliza atendimento especializado no Centro de Atenção à Saúde do Homem, que conta com serviços de prevenção das doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), doenças da próstata, planejamento familiar, tratamento para disfunção sexual, além de pequenas e médias cirurgias.
“Culturalmente, as mulheres se preocupam mais com a saúde do que os homens, mas essa realidade precisa mudar. Nós buscamos essa mudança oferecendo um serviço completo, que abrange consultas, exames e cirurgias. Tudo sob a responsabilidade de profissionais de excelência. Outra boa notícia é que entre os dias 21 e 24 de novembro vamos promover a Semana da Saúde na Cinelândia e teremos atendimento com urologistas, no ano passado o serviço consultou mais de 1.000 pacientes, que foram encaminhados para tratamento quando houve necessidade”, anunciou o secretário de Estado de Saúde, Luiz Antonio Teixeira Jr.
O coordenador do projeto e professor titular de urologia da UERJ, Ronaldo Damião, ressalta a importância de o homem estar atento aos sinais e sintomas da doença e também de se preocupar em realizar seu check-up, mesmo sem a suspeita, já que o câncer de próstata, em sua fase inicial, tem uma evolução silenciosa.
“O câncer de próstata atinge cerca de 70 mil novas pessoas a cada ano no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde. Entre os tipos de cânceres, ele está atrás apenas do de pele não-melanoma e mata de 12 a 15 mil pessoas ao ano, em nosso país, porém, isto não costuma ocorrer rapidamente. Por isso a importância do homem, a partir dos 50 anos, ou 45 para os que têm histórico familiar, procurar o serviço especializado e se manter em alerta”, enfatiza Damião.
De acordo com o médico, o medo de ser diagnosticado ainda impede que muitos indivíduos procurem um atendimento na rede de saúde. Com o avanço do tempo de vida do homem, os casos da doença têm sido detectados com mais frequência, mas é possível diagnosticar mais precocemente. Quanto antes o homem procurar um atendimento médico, maior é a possibilidade de cura.
“A doença, em qualquer nível que esteja, pode ser tratada. É bom lembrar que o câncer de próstata é um dos tipos de câncer com maior chance de cura com os recursos que temos disponíveis hoje, apesar de a taxa de mortalidade ainda ser expressiva. É possível oferecer qualidade de vida a esses pacientes em qualquer fase do tratamento”, comenta Damião.
O coordenador ainda ressalta que o homem deve cuidar da saúde antes mesmo da detecção de doenças mais graves. “Importante que o homem visite anualmente o urologista e, além do acompanhamento médico, insira hábitos saudáveis em sua rotina, como a realização de exercícios físicos e o consumo de uma alimentação equilibrada. Há estudos que apontam que uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais, e com menos gordura, pode ajudar a diminuir o risco de um câncer”, ressalta Damião.
O médico reforça que o check-up periódico é uma das estratégias mais importantes para que o diagnóstico seja rápido e faça a diferença. “Se toque, é preciso fazer o seu check-up. Se você quer ter a oportunidade de ver seus netos crescerem e se formarem, é preciso cuidar de sua saúde e garantir a longevidade”, finaliza o médico.
Sinais e sintomas – Mesmo que não apresente nenhum sintoma, todo homem deve procurar um médico para realizar um check-up após os 50 anos. Caso apresente sintomas como urinar com frequência maior que a normal; levantar várias vezes à noite para urinar ou urinar sangue, é preciso procurar um urologista imediatamente.
Tratamento – Para doença localizada, há, em geral, indicação de cirurgia ou radioterapia. Para doença localmente avançada, utiliza-se a radioterapia e hormonioterapia. Para doença metastática (quando o tumor original já se espalhou para outras partes do corpo), o tratamento de eleição é a terapia hormonal. Cabe ressaltar que o melhor a se fazer é o indicado pelo médico que faz o acompanhamento do paciente.
Centro de Atenção à Saúde do Homem – Desde 2011, o projeto oferece prevenção das doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), doenças da próstata, planejamento familiar, tratamento para disfunção sexual, além de pequenas e médias cirurgias. O paciente que necessitar do serviço deve procurar Clínicas da Família, Centros Municipais ou Postos de Saúde, onde será obtido um encaminhamento e será feito agendamento através da Central Estadual de Regulação (CER), que recebe pacientes de todo o Estado do Rio. Só em 2016, o Centro de Atenção à Saúde do Homem realizou quase 7 mil consultas e 850 cirurgias. Os atendimentos mais comuns são consultas com urologista e procedimentos como vasectomia e cirurgias da próstata.
A unidade fica na Policlínica Piquet Carneiro, na Av. Marechal Rondon, 381, no bairro São Francisco Xavier, e funciona interligada ao Hospital Universitário Pedro Ernesto.
Novembro Azul é o mês dos homens
Os homens não gostam de ir ao médico para fazer exames de rotina ou consultas de prevenção. Pesquisa do Ministério da Saúde revela que 31% dos homens brasileiros não têm o hábito de ir ao médico e, quando o fazem, 70% tiveram a influência da mulher ou de filhos. Para lembrar eles sobre a importância de consultas de rotina e exames preventivos, no próximo dia 19 é celebrado o Dia Internacional do Homem e neste mês acontece a mobilização Novembro Azul em todo o mundo.
Para marcar esta data, subcoordenação de Atenção Integral a Saúde do Homem da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) realizará a Semana de Saúde do Homem, do dia 17 ao dia 25 de novembro. O objetivo é o de orientar os homens sobre o autocuidado e principais causas de mortalidade e morbidade da população masculina no Estado de Goiás.
Registros do Ministério da Saúde demonstram que as causas externas, nas quais estão incluídas mortes violentas como assassinatos e acidentes, são responsáveis por 41% dos óbitos da população masculina, de 20 a 59 anos. Em segundo lugar aparecem as doenças do aparelho circulatório, entre as quais acidente vascular cerebral, infarto, arteriosclerose e aneurisma, com 18% dos casos. Os diferentes tipos de câncer ocupam a terceira colocação nas causas de mortes dos homens, com 9% dos registros. O câncer de próstata é o 13ª tipo desta doença mais incisivo nos homens de 20 a 59 anos e o 2ª tipo de câncer que mais causa a morte na população masculina idosa, com mais de 60 anos.
Na realização dos eventos alusivos ao Novembro Azul, a SES-GO conta com a parceria de diversas instituições e empresas. Além disso, durante todo o mês de novembro a equipe técnica realizará palestras e exposições sobre o tema.
A gerente de Programas Especiais de Saúde da SES-GO, Edna Covem, explica que promover a melhoria das condições da saúde da população masculina é dever do Estado e assim contribuir de modo efetivo para a redução da mortalidade da população masculina. “E para os homens fica o apelo que busquem o serviço de saúde de forma preventiva e não somente quando a doença já se encontra instalada”, afirma Edna.
PROGRAMAÇÃO
Confira as atividades alusivas a Semana da Saúde do Homem:
DATA | LOCAL | HORÁRIO | AÇÃO |
17/11/17 | Estádio Serra Dourada – Jogo Goiás x Internacional | Exposição de faixa informativa e distribuição de folders.
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20/11/17 | SPAIS e SUVISA | 7h | Stand para recepção dos servidores da SPAIS e SUVISA, com informações sobre promoção da saúde do homem.
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21/11/17 | Sede da METROBUS |
8h |
Exposição dialogada sobre Saúde do Homem, Hepatites Virais, Saúde do Trabalhador e câncer de próstata;
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22/11/17 | UEG – Anápolis
Restaurante do Cidadão |
9h30 às 13h
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Exposição dialogada e oferta de serviços de saúde: acolhimento em Saúde do Homem, aferição de PA, teste de glicemia, orientação sobre Infecções Sexualmente Transmissíveis/Aids, entrega de preservativos. |
23/11/17 | CEASA |
8h às 12h |
Oferta de serviços de saúde: acolhimento em Saúde do Homem, aferição de pressão arterial, teste de glicemia, orientação sobre Infecções Sexualmente Transmissíveis/Aids, entrega de preservativos. |
25/11/17 | Jogo Vila Nova x Londrina – Centro de Excelência do Esporte Arquiteto Eurico Calixto de Godoi – Estádio Olímpico Pedro Ludovico Teixeira | Exposição de faixa informativa e distribuição de folders.
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25/11/17 | Corpo de Bombeiros –
Batalhão de Salvamento e Emergência |
7h às 12h30 | Acolhimento, orientações sobre Saúde do Homem e entrega de material informativo. |
Novembro Azul: os homens no foco da prevenção
Estar em dia com a saúde é um dos fatores mais importantes ligados à longevidade e qualidade de vida. Mas, na prática, muitas pessoas não levam esta máxima a sério, negligenciando bons hábitos de prevenção em seu dia a dia, sendo os homens os que mais engrossam esta realidade. Assim, Fundação São Francisco Xavier e o Hospital Márcio Cunha, de Ipatinga (MG), dão início às suas ações de adesão ao Novembro Azul, campanha criada para alertar sobre as prevenções do câncer de próstata.
Segundo tipo mais comum no mundo, atrás apenas do câncer de pele, a doença evolui lentamente e os sintomas são percebidos somente quando já se está em estágio avançado, dificultando o tratamento. Segundo o Ministério da Saúde, as projeções para 2017 é que mais de 60 mil novos casos serão descobertos.
A maneira mais eficaz para a descoberta do câncer de próstata no estágio inicial é por meio da prevenção, ou seja, anualmente ao consultar com o urologista, serão realizados os exames necessários para cada caso, incluindo o toque retal e a dosagem no sangue do marcador PSA. Este rastreamento é recomendado para os homens acima dos 50 anos. Esta idade reduz para 45 anos quando o indivíduo possui familiares de primeiro grau com diagnóstico de câncer de próstata (pai ou irmão) e para indivíduos da cor negra. Quando o diagnóstico é realizado precocemente, o câncer de próstata pode ser eliminado e o paciente considerado curado em mais de 90% dos casos. Por questões culturais e de preconceito, em média, homens fazem consultas preventivas 30% a menos que as mulheres e 60% deles já chegam ao serviço de atendimento médico com doenças em estágio avançado.
O médico oncologista Luciano do Souza Viana alerta para a importância de se desconstruir esta realidade. “O cuidado com a saúde é um tabu para os homens, logo é importante realizar os exames necessários conforme cada caso, incluindo o toque retal. Um diagnóstico precoce permite maior chance de cura com menor risco de efeitos colaterais e menos sequelas relacionadas ao tratamento. É importante reforçar que o paciente deve procurar uma unidade básica de saúde, onde será avaliado por um médico clínico, que vai fazer o pedido do exame de sangue e o toque retal. Caso seja necessário, o profissional vai encaminhar esse paciente para um especialista, o urologista, para dar prosseguimento à investigação da doença”, descreve o médico.
Sintomas e tratamento
Quando em estágio avançado, o câncer de próstata por apresentar os seguintes sintomas:
– Aumento da frequência da vontade de urinar (de dia e também à noite);
– Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga;
– Fluxo urinário fraco ou interrompido;
– Sangue na urina ou no líquido seminal;
– Disfunção erétil;
– Dor nos ossos do quadril, nas costelas, na coluna, nos ombros ou em outros ossos;
– Fraqueza ou dormência nas pernas ou pés.
A maioria desses problemas é provavelmente provocada por outras condições clínicas, além do câncer. Dessa forma, é importante manter o médico informado sobre qualquer um desses sintomas para que a causa seja diagnosticada e, se necessário, iniciado o tratamento.
Este se dá, usualmente, por cirurgia (prostatectomia radical) ou radioterapia com ou sem hormonioterapia. “Isso depende do estágio de cada paciente, mas a estratégia da unidade oncológica do Hospital Márcio Cunha é proporcionar um atendimento multidisciplinar, moderno e humanizado”, explica o radio-oncologista do Hospital Márcio Cunha Bernardo Gouvea de Souza Lima.
As duas principais técnicas aplicadas no hospital são a Radioterapia de Intensidade Modulada (IMRT) e a Radioterapia Conformacional 3D (3D-RT). Ambos utilizam de alta tecnologia para aplicar doses de radiação altamente localizadas. “Essas técnicas proporcionam um maior controle local e poupam estruturas próximas, minimizando os efeitos colaterais do tratamento”, finaliza Bernardo Gouvea.
Como surgiu o Novembro azul
Originalmente, a campanha surgiu na Austrália, em 1999. Um grupo de amigos teve a ideia de deixar o bigode crescer durante todo o mês de novembro como apoio à conscientização da saúde masculina e arrecadação de fundos para doação às instituições de caridade. E também em comemoração ao 17 de novembro, Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata.
Trazido para o Brasil pelo Instituto Lado a Lado pela Vida, em parceria com a Sociedade Brasileira de Urologia, o Novembro Azul ainda está crescendo e, assim como no Outubro Rosa, há a bela iluminação de pontos turísticos. Diversas celebridades e instituições apoiam a campanha e muitos eventos são criados para espalhar informação e arrecadar dinheiro para a causa. Com toda essa iniciativa, hoje a Campanha Novembro Azul faz parte do calendário nacional de prevenções.
OncoRede da ANS tem programas de atenção a pacientes com câncer de próstata
Novembro é mês de reforçar as orientações sobre a prevenção do câncer de próstata, missão que vem sendo realizada desde 2011 pela campanha Novembro Azul, do Instituto Lado a Lado pela Vida. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), foram estimados 61.200 novos casos da doença entre 2016 e 2017 no Brasil, constituindo o tipo de câncer mais incidente em homens de todas as regiões do país – com 28,6% dos casos, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma.
Apesar dos avanços terapêuticos, cerca de 25% dos pacientes com câncer de próstata ainda morrem devido à doença. As taxas de incidência no Brasil vêm aumentando devido a dois motivos: aumento da expectativa de vida da população (três quartos dos casos de câncer de próstata no mundo ocorrem em homens acima dos 65 anos) e melhoria da capacidade diagnóstica. Atenta a esse cenário e à necessidade de melhorias na atenção oncológica aos beneficiários de planos de saúde no país, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) iniciou em 2016 o Projeto OncoRede, que propõe um conjunto de ações integradas para reorganizar e aprimorar a prestação dos serviços de saúde para pacientes com câncer no Brasil.
Atualmente, participam do Projeto 19 operadoras e 24 prestadores de serviços. Deste total, quatro prestadores e sete operadoras estão implementando projetos que contemplam o cuidado ao paciente com câncer de próstata.
O modelo proposto pela ANS e demais parceiros engloba ações de promoção de saúde, prevenção do câncer e busca ativa para o diagnóstico precoce; continuidade entre o diagnóstico e o tratamento, sendo este mais adequado e em tempo oportuno; articulação da rede de assistência (informação compartilhada) e pós-tratamento.
“Para aprimorar o rastreamento de cânceres passíveis de detecção precoce, como o de próstata, estamos propondo a realização de estudos que permitam às operadoras e prestadores medir o número de exames esperados em sua população e identificar o caminho a ser percorrido pelo paciente após a suspeita de câncer; além de definir indicadores de monitoramento do acesso, da qualidade e do nível de coordenação do cuidado”, explica o diretor de Desenvolvimento Setorial da ANS, Rodrigo Aguiar.
Além das iniciativas cadastradas pelo Projeto OncoRede, atualmente a ANS contabiliza 44 programas aprovados pela reguladora de Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças (Promoprev) para o rastreamento e cuidado do câncer de próstata.
Sintomas e diagnóstico do câncer de próstata
De acordo com o Inca, em sua fase inicial o câncer de próstata tem evolução silenciosa. Muitos pacientes não apresentam nenhum sintoma ou, quando apresentam, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata (dificuldade de urinar ou necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite). Na fase avançada, pode provocar dor óssea, sintomas urinários e até infecção generalizada ou insuficiência renal.
Dois exames iniciais têm grande importância para o diagnóstico da doença: o exame de sangue, por meio do Antígeno Prostático Específico (PSA), e o exame de toque, ambos cobertos pela Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde que determina a cobertura mínima obrigatória dos planos de saúde. Esses dois exames, quando associados, podem dar uma segurança de cerca de 90% ou mais, auxiliando no diagnóstico precoce da doença.
A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que homens a partir de 50 anos devem procurar um profissional especializado para avaliação individualizada. Aqueles da raça negra ou com parentes de primeiro grau com câncer de próstata devem começar aos 45 anos.
Para informar a população, em linguagem simples, sobre os aspectos gerais da doença, o Inca lançou a cartilha “Câncer de próstata: vamos falar sobre isso?“, com informações sobre fatores de risco, diagnóstico e tratamento.