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Arteterapia utiliza materiais hospitalares descartáveis não-contaminados

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Alunos da Medicina e da Psicologia da Famerp, uniram-se em projeto de extensão da Liga de Medicina Integrativa da Faculdade que traz diversos benefícios ao pacientes internados em tratamento no Hospital da Criança e Maternidade, em São José do Rio Preto (SP), e seus acompanhantes. O projeto começou a se formatar no primeiro semestre deste ano e fechou parceria com o hospital em junho. Os membros da Liga passaram por um treinamento inicial e em agosto aconteceu o primeiro encontro. O projeto, que consiste em 11 reuniões, já está em desenvolvimento e chega a seu nono encontro. Este, aconteceu hoje, no hall do 7º andar do HCM.

Com a reutilização de materiais hospitalares descartáveis não-contaminados, como caixas e frascos de remédio, as crianças constroem esculturas de bonecos, carros e etc., praticando a arteterapia. O projeto tem a orientação da arteterapêuta Camila Volpe. As atividades lúdicas melhoram a ambiência da internação destes pacientes.

O projeto mobiliza os profissionais de enfermagem e alunos que, entre um encontro e outro, reúnem os materiais a ser utilizados nas sessões. Uma das coordenadoras do projeto, a aluna do 2º ano de medicina da Famerp Laurie Kumano explica os benefícios que a Liga tem trazido aos pacientes. “Em um mesmo encontro, podemos ver uma mudança na expressão facial e corporal das crianças: de mais acanhadas no início a mais expressivas ao fim. Além disso, percebemos uma mudança na forma de lidar com os materiais hospitalares. No primeiro contato, pudemos ver que algumas crianças olhavam com desconfiança as caixas de remédio, no entanto, ao ver que podiam transformá-las em várias coisas, robôs, carrinhos, bonecas, sua percepção mudava a ponto de parecer esquecer que se tratava de um material hospitalar”, afirma a estudante.

A Liga é composta de alunos do 1°, 2° e 3° ano da Medicina e do 1° da Psicologia e, nos 8 encontros já realizados, atendeu mais de 50 crianças do HCM.

Para Naiara Aurea de Lima Moizés, mãe do pequeno Cauã, de 2 anos, a ambiência muda, só ver a felicidade do filho. “A gente até esquece por que está aqui. Descobri, vendo ele se divertindo tanto, que pode ser bom estar aqui”, pontua.

Inspiração

Esse projeto foi inspirado em casos encontrados na literatura, como por exemplo, trabalhos feitos na área infantil de hospitais de Ponta Grossa, Goiânia e Pernambuco. Para os estudantes, as atividades auxiliam a ter uma formação mais humanística, permitindo ver o paciente de maneira global, e não só como um indivíduo doente.


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