Para se consolidar como uma grande instituição do setor hospitalar, o Hospital Daher, de Brasília (DF), vem ampliando sua estrutura nos últimos anos. E seu Centro de Estudos não fica atrás. Os cursos oferecidos estão envolvendo temas cada vez mais complexos, proporcionando aos alunos as técnicas mais modernas e seguras para o tratamento das patologias mais difíceis, garantindo a qualidade do atendimento aos seus pacientes.
No mês de dezembro, o curso realizado abordou “Atualização em Reabilitação Neurológica”. Durante as aulas, os participantes puderam revisar os tratamentos efetuados nos casos mais complexos, atendidos pelo hospital em 2015. O evento contou com a participação de médicos neurologistas, ortopedistas, fonoaudiólogos e fisioterapeutas, e foi estruturado com base na revisão de quatro casos com alto grau de complexidade: lesão cerebral por tumor, lesão medular por mielite, lesão do plexo lombo sacro e doença degenerativa com estenose do canal vertebral cervical e lombar.
Após o curso, os participantes ficaram aptos a oferecer um tratamento planejado cientificamente aos pacientes que sofreram algum tipo de lesão cerebral e que possuem grandes incapacidades em suas atividades de rotina, com o objetivo de recuperar e/ou reintegrar esse enfermo.
De acordo com o neurocirurgião do Hospital Daher e coordenador do curso, Dr. Marcos Masini, os primeiros obstáculos a serem vencidos no tratamento de doenças complexas neurológicas são a segmentação e a especificidade dos procedimentos. “Com a rápida evolução do conhecimento científico, se torna praticamente impossível para um profissional dominar todos os meandros do tratamento de reabilitação, por isso é necessário o envolvimento de vários especialistas, e esse foi um dos pontos ensinados no curso”, explica.
O Dr. Masini também conta que a estruturação do trabalho universitário requer reuniões diárias, para que o aluno tenha contato com todas as fases da doença e aprenda com as orientações de diversos especialistas, em diferentes momentos do tratamento. “Muitas vezes os especialistas não podem participar de reuniões presenciais, e, neste caso, o grupo de estudo em ambiente digital é o indicado. Os casos são apresentados, e os profissionais opinam sobre a melhor opção de tratamento na sua ótica de atuação, sendo que o profissional encarregado do caso analisa as propostas e coordena a execução do projeto. Esta é a solução recomendada para orientar os casos complexos, onde a participação de toda uma equipe de especialistas pode ser necessária em momentos diferentes”, diz.
Sob a orientação do médico fisiatra, responsável pelo tratamento de uma ampla variedade de doenças que causam algum grau de incapacidade, junto aos profissionais da enfermaria e da fisioterapia, por exemplo, outros especialistas podem ser acionados de acordo com a decisão tomada em grupo, na discussão do caso clínico, como o terapeuta ocupacional e recreacional, fonoaudiólogo, assistente social, psicólogo e conselheiro vocacional. A estratégia principal é potencializar a função residual e prevenir ou corrigir disfunções adicionais.