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Jogos de raciocínio no computador melhoram a cognição em pacientes com esclerose múltipla

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Por Eng. Mauricio F Castagna

Traduzido da reportagem de Lauren Dubinsky , Reporter

 As pessoas são geralmente desmotivadas a jogar videogames porque as atividades ao ar livre são mais saudáveis, mas uma nova pesquisa mostrou que os “brain-games”  ou jogos de raciocínio por computador podem ser benéficos para pacientes com esclerose múltipla.

 

O estudo, publicado na revista Radiology, mostrou que os videogames melhoram algumas das habilidades cognitivas de pacientes com esclerose múltipla. Eles fortalecem as conexões neurais na parte do cérebro chamada tálamo, que funciona como o centro de informações.

Para o estudo, os pesquisadores do departamento de neurologia e psiquiatria da  Sapienza University em Roma utilizaram uma coletânea de videogames da Nintendo Corporation chamado Dr. Kawashima Brain Training. Os jogos incluem quebra-cabeças, jogos da memória e outros desafios mentais.
Os pesquisadores designaram aleatoriamente 24 pacientes com esclerose múltipla com comprometimento cognitivo, para fazerem parte de um programa de reabilitação de oito semanas que envolveu sessões de jogos de 30 minutos, cinco dias por semana, ou para serem colocados em uma lista de espera e servirem como grupo de controle.

Após as oito semanas, ambos os grupos foram avaliados com testes cognitivos e ressonância magnética funcional de 3T em estado de repouso. A Ressonância magnética Funcional permitiu aos pesquisadores estudar quais regiões do cérebro eram ativadas simultaneamente e deu informações sobre a participação de certas áreas com circuitos específicos do cérebro.

Eles descobriram que os 12 pacientes que faziam parte do grupo de videogames experimentaram um aumento dramático na conectividade funcional do tálamo em áreas do cérebro que estão envolvidos na cognição.

Os resultados deste estudo fornecem um exemplo da capacidade do cérebro para formar novas conexões ao longo da vida. Videogames podem alterar o modo de funcionamento de certas estruturas cerebrais.

“Isto significa que mesmo uma ferramenta genérica e de uso comum como os videogames pode promover a plasticidade do cérebro e pode ajudar na reabilitação cognitiva para pessoas com doenças neurológicas, como a esclerose múltipla,” disse em uma declaração a Dra Laura De Giglio, principal autora do estudo.

De agora em diante, os pesquisadores esperam estudar se a plasticidade induzida por videogames em pacientes com esclerose múltipla também está ligada a uma melhoria em outros aspectos de suas vidas. Eles também planejam estudar a forma como os jogos de vídeo podem ser incorporadas em programas de reabilitação.

 


 

Mauricio Castagna é Engenheiro Clinico, Relator de normas pela ABNT, empresário e consultor pela Acrux Solutia. Formado pela FEI, FAAP e UNICAMP  

mauricio@acruxsolutia.com.br


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